CRUZ E CRUCIFICAÇÃO
A cruz era um instrumento de tortura e execução. Obteve significado especial pela sua conexão com a morte de Jesus. Duas palavras gregas se empregam para o instrumento de execução no qual Jesus morreu: Xylon (madeira, árvore) e staurus(estaca, cruz).
Rafael Bluteau, em seu “Vocabulário Português e Latino”, diz que a cruz era o: “Antigo Patíbulo dos malfeitores, em várias nações do mundo e de diferentes figuras segundo a variedade dos tempos”.
TIPOS DE CRUZ
As cruzes de dois paus eram feitas de três maneiras:
1- De um pau atravessado pelo meio do outro, como a letra “X” (Cruz de Santo André).
2- De um pau atravessado pela extremidade superior de outro pau, como a letra “T” (Latim Crux comissa, Cruz de Santo Antonio ou Cruz Egípcia).
3- De um pau direto, e atravessado por outro, não totalmente por cima dele, mas deixando um pedaço livre, e mais alto que os braços da cruz “+” (Cruz immissa ou cruz latina).
Existiam cruzes altas e baixas. A “cruz sublimis” era alta. Todas as citações históricas sobre essa cruz mostram claramente que ela era reservada a personagens que os crucificadores queriam colocar em evidência. Porém a maioria das cruzes era baixa, “humilis”. Isso permitia aos animais ferozes despedaçarem à vontade os crucificados. Consideremos também que usava-se cruzes baixas (humilis) na intenção de simplificar a crucificação para os carrascos, principalmente quando havia grande número de condenados.
O “stipes crucis”, em português: o tronco da cruz, porque “stipes” quer dizer tronco de árvore, estaca pontiaguda. Era a parte que primitivamente, se dava o nome de “cruz”. A “crux” (“cruz” em latim, “stauros” em grego), não é outra coisa senão uma estaca fixada verticalmente no chão. O significado da palavra “crux” estende-se em seguida ao conjunto dos dois paus ajustados um ao outro, tal como o concebemos hoje em dia, na forma de um pau direto, e atravessado por outro, não realmente por cima dele, mas deixando um pedaço livre e mais alto que os braços da cruz (Cruz Latina).
VÁRIOS POVOS USAVAM A CRUCIFICAÇÃO
Nas mais célebres nações do mundo foi usado o suplício da cruz. Entre os assírios, antes do nascimento de Abraão, Pharmo, rei da Média, foi crucificado por mandado de Nino, seu vencedor. Entre os hebreus, o rei Janneo (Janeu), filho de Hircano, mandou crucificar oitocentos deles. Entre os gregos, Xantippe, general dos atenienses, condenou ao suplício da cruz a Artayete, governador da Etólia. Os gregos demonstravam verdadeiro pavor à crucificação, e por isso não a adotaram como forma de execução de seus criminosos. Ela só passou a fazer parte dos costumes gregos no tempo de Alexandre, o Grande, que a imitou dos persas. Foi praticada na Síria sob os selêucidas, e no Egito sob o governo dos ptolomeus. Em Siracusa, cidade grega, Dionísio, o tirano, praticou-a inspirado pelos cartagineses.
Os romanos também a adotaram observando o exemplo dos cartagineses. Essa prática, que começou a ser usada em Roma como punição aos escravos, passou a ser aplicada também aos prisioneiros de guerra, aos desertores, aos ladrões, e, sobretudo aos revoltosos vencidos. Tempos depois passou a ser utilizada em Israel. Herodes, o Grande, mandou crucificar mais de 2.000 judeus que se rebelaram contra ele. Durante o cerco de Jerusalém em 70 d.C., os romanos chegaram a crucificar 500 judeus por dia, segundo testemunho do historiador e comandante das tropas judaicas rebeladas, Flávio Josefo.
Em tempos de paz, a crucificação era primordialmente o suplício usado contra os escravos. São numerosos os autores romanos que dão testemunho disto, como Tito Lívio*, Cícero*, Tácito* e outros. As comédias de Plauto* em que aparecem muitas histórias de escravos estão cheias de alusões bem diretas ao que os escravos consideravam seu fim natural: “Meu pai, meu avô, meu bisavô, meu tataravô, meu trisavô, terminaram suas vidas crucificados”. De acordo com um antigo e detestável costume, quando um senhor de escravos era assassinado e não se conseguia descobrir o criminoso, todos os escravos da casa eram crucificados.
CARREGAR A CRUZ
O condenado devidamente flagelado percorria a pé, despojado de todas ou de quase todas as suas roupas, carregava o seu patíbulo do tribunal ao local do suplício, onde estava esperando seu “stipes” (haste vertical da cruz) no meio de verdadeira floresta de outros semelhantes.
A expressão “carregar a cruz” (em grego “stauron bastazein”) só se encontra nos textos gregos rabínicos e no Novo Testamento. Em latim, só é encontrada nas versões da Bíblia.
O condenado carregava a cruz geralmente sobre a nuca, tendo os dois membros superiores estendidos e amarrados sobre ela de modo a ficar impedido de atacar quem quer que fosse. Plauto, entre outros textos que poderíamos citar resume tudo isto com uma frase: “Que leve o patíbulo pela cidade, depois será cravado na cruz”. (Carbonária).
Outro detalhe confirma o fato de que o condenado só carregava o patíbulo. Apenas o patíbulo pesava cerca de 50 quilos, e a cruz inteira devia ultrapassar os 100 quilos. Carregar o patíbulo já era um castigo bem rude para quem acabara de sofrer severa flagelação de açoites e consequentemente perdera boa parte de seu sangue e de suas forças. Ele não teria condições de carregar a cruz inteira. Nunca se fala em arrastar a cruz, todos os textos trazem o termo “bastazein”, que significa carregar, e nunca “thahere”, que seria arrastar.
A frente do condenado que carregava a cruz ia sempre alguém carregando um pedaço de madeira sobre o qual estava escrito o nome do réu e o crime pelo qual ele fora condenado. Às vezes o próprio réu levava esse título pendurado no pescoço. Depois ele, era fixado no alto da cruz.
COMO ERA A CRUCIFICAÇÃO
Tudo que acabamos de escrever sobre o fato de o condenado carregar somente o patíbulo, e depois este ser fixado sobre a haste vertical no local do suplício, supõe ser o modo que com tanta concisão e clareza expressou Firmicus Maternus*: “O réu pregado ao patíbulo, é içado para cima da cruz”.
Quando a crucificação era feita com cordas, bastava enganchar o patíbulo sobre o qual o réu tinha sido amarrado e em seguida prender-lhe os pés à haste vertical com algumas laçadas de corda. Quando a crucificação era feita com cravos, era necessário desamarrar o condenado e deitá-lo por terra com as costas sobre o patíbulo, puxar-lhe as mãos e cravá-los sobre as extremidades do patíbulo. Depois então é que ele era levantado já pregado no patíbulo, e este era enganchado no alto do “stipes” (haste vertical). Isto feito, nada mais restava senão pregar-lhe os pés diretamente sobre o “stipes”.
Esse soerguimento era feito com certa facilidade, sobretudo quando a cruz não ultrapassava os dois metros. Quatro homens podiam facilmente soerguer nas mãos o patíbulo e o condenado. Podiam também fazer o condenado subir de costas uma pequena escada encostada no “stipes”.
Muitas vezes colocava-se no madeiro vertical da cruz um pequeno apoio para os pés chamado “sedile” (assento) para o condenado poder apoiar um pouco do peso do corpo para que não se rasgasse e caísse. Porém, ao estudarmos a causa mortis na crucificação, veremos que este apoio era destinado a prolongar consideravelmente a agonia do crucificado. Para respirar a pessoa tem de se firmar nos pés, para aliviar um pouco a tensão dos músculos, faz estes movimentos repetidas vezes, e ao subir e descer as costas nuas são machucadas pela madeira da cruz, e o prego rasga a carne até se prender contra os ossos do pé, mas consegue respirar dessa maneira por vários dias.
Ai ficava o crucificado pendurado, exposto a intensa dor física, ao ridículo do povo, ao calor do dia e ao frio da noite. A tortura, como mencionado, durava vários dias. Segundo informações do escritor romano Horácio*, nas encostas do monte Esquilino, em Roma, havia uma floresta permanente de cruzes onde os condenados eram crucificados. À noite os lobos saiam de seus esconderijos nesse monte para devorar as pessoas crucificadas.
Quando se queria acabar rapidamente com o sofrimento do crucificado, as pernas eram quebradas. Isso os impediria de empurrar-se para cima com as pernas para respirar, e a morte por asfixia ocorreria em questão de minutos.
Ao padecente, como gesto de misericórdia era-lhe oferecido vinho com mirra, a fim de mitigar-lhe a dor e o sofrimento.
O GOLPE COM A LANÇA
Esse golpe não se tratava de mais um suplício nem flagelação, uma vez que se estava tratando com um condenado à morte, e sabe-se que estes já tinham sido flagelados e crucificados. Tratava-se de um golpe especial, posterior a morte do condenado para se ter certeza de que realmente estava morto. Geralmente o carrasco só permitia a retirada de um condenado da cruz para sepultamento, após ser desferido esse golpe. Assim quando a família pedia o cadáver de um condenado, o carrasco devia antes de tudo ferir o coração do crucificado. Esse golpe no coração, dado pelo lado direito do peito, era conhecido como infalivelmente mortal pelos soldados dos exércitos romanos.
A GUARDA MILITAR
Toda crucificação devia ser feita de forma legal, com um aparato inteiramente militar, sob as ordens de um centurião. O exército, que já se encarregava da flagelação fornecia a escolta para conduzir o condenado do tribunal ao lugar do suplício. Era ainda entre os membros dessa escolta que se recrutavam os carrascos para a crucificação. O exército regular também fornecia uma guarda para ficar velando ao pé da cruz. Esses guardas tinham a função de impedir que parentes ou amigos das vítimas viessem e os retirassem da cruz. A guarda permanecia ao pé da cruz até a confirmação da morte dos condenados.
O SEPULTAMENTO
Em geral não havia sepultamento de crucificados, os cadáveres ficavam na cruz para servir de alimento para as aves e animais selvagens. Porém os corpos podiam ser solicitados pelas famílias que quisessem assegurar uma sepultura para seu parente. Por outro lado, o juiz podia negar, uma vez que a autorização para sepultamento dependia dele. Isso acontecia em casos onde havia muito ódio pelo condenado.
CONCLUSÃO
Era a cruz o mais infame dos suplícios e o castigo ordinário de ladrões de estradas, assassinos, traidores e escravos. Cícero, escritor romano, chamava-lhe “a mais cruel e atroz das condenações à morte”. O próprio nome cruz era motivo de opróbrio, culpa e ignomínia.
Eram muito comuns as crueldades que precediam o ato da crucificação, o prisioneiro em primeiro lugar, era despido e humilhado publicamente a após açoitá-lo até dilacerar o seu corpo era forçado a carregar a sua cruz até o local da execução como prova incontestável de sua culpa. A execução macabra sempre tinha lugar fora dos muros da cidade onde o condenado era forçado a deitar-se de costas no chão, suas mãos eram pregadas ou atadas ao braço horizontal da cruz (o patíbulum) e seus pés ao poste vertical (stipes crucis). Então a cruz era erguida e jogada num buraco escavado para ela no chão. Afirma-se que os crucificados só morriam após vários dias na cruz. A morte usualmente demorava muito, raramente exigindo menos de trinta e seis horas, e ocasionalmente se prolongava por nada menos de nove dias. As dores eram intensas, e as artérias da cabeça e do estômago ficavam grossas de sangue. As vezes declarava-se febre traumática e tétano.
Sendo a cruz o mais infame dos suplícios e o castigo designado para ladrões de estrada, assassinos, traidores e escravos, foi escolhido para ser o castigo do Filho de Deus. Paulo explica porque Jesus aceitou morrer de maneira tão vil: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro” (Gl 3.13). Mas também foi na cruz que Jesus venceu a morte e o inferno e nos reconciliou com Deus.
De que era feita a cruz de Cristo, madeira ou pecado?
De que era feita a cruz de Cristo, madeira ou pecado?
Se um homem culpado de um crime que mereça a morte for morto e pendurado num madeiro, não deixem o corpo no madeiro durante a noite. Enterrem-no naquele mesmo dia, porque qualquer que for pendurado num madeiro está debaixo da maldição de Deus. Não contaminem a terra que o Senhor, o seu Deus, lhes dá por herança. Deuteronômio 21.22-23
Deus criou as arvores e formou as florestas, as matas, a natureza, mas o homem extraiu destas a madeira para muitos fins. Um deles foi a crucificação de um condenado e este por sua vez estava debaixo da maldição de Deus.
Que dura sentença!
Alem de ser condenado pelos homens era condenado por Deus.
Terrível esse tipo de punição!
A crucificação passou a ser a punição mais severa e uma das mais cruéis.
Literalmente a crucificação era feita de madeira, mas não era tão simples assim, pois ao invés da madeira, era como se estivesse sendo crucificado pela própria transgressão, isto é, o próprio erro.
A logica:
A madeira veio da arvore que veio da floresta e o erro, o pecado, a transgressão veio da onde?
A resposta é obvia, do próprio homem, pois cada um é responsável pelos seus atos, de certa forma sim, mas é muito mais do que parece, pois o pecado foi enraizado na natureza humana, ele já existia.
O homem não está isento dos seus atos, mas a origem do pecado não foi no homem, a sua natureza foi modificada, transformada pelo erro
E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. Efésios 2.16
Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. Colossenses 2.14
E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus. Colossenses 1.20
Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará ao seco?
E também conduziram outros dois, que eram malfeitores, para com ele serem mortos.
E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.
Lucas 23.31-33
E nós somos testemunhas de todas as coisas que fez, tanto na terra da Judéia como em Jerusalém; ao qual mataram, pendurando-o num madeiro. Atos 10.39
Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; Gálatas 3.13
Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados. 1 Pedro 2.24
A cruz foi feita, não apenas de madeira, mas principalmente por causa de nossos pecados.
A cruz era de madeira aos olhos do povo da época, mas os pecados de todos fizeram daquela madeira um material muito diferente e muito mais pesado e o mais importante, não pesava só toneladas, mas um peso do tamanho da eternidade.
Cristo, não levou o madeiro, conforme alguns comentadores bíblicos, mas carregou a cruz; Ele foi ajudado por um Cirineu a levar o madeiro, mas quem levou os nossos pecados foi Ele.
Penduraram-no em um madeiro, mas quem seguro-o na cruz foi os nossos pecados.
Ele ressuscitou para garantir que todo aquele que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna.
Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. João 5.24
A cruz foi feita, não apenas de madeira, mas principalmente por causa de nossos pecados.
A cruz era de madeira aos olhos do povo da época, mas os pecados de todos fizeram daquela madeira um material muito diferente e muito mais pesado e o mais importante, não pesava só toneladas, mas um peso do tamanho da eternidade.
Cristo, não levou o madeiro, conforme alguns comentadores bíblicos, mas carregou a cruz; Ele foi ajudado por um Cirineu a levar o madeiro, mas quem levou os nossos pecados foi Ele.
Penduraram-no em um madeiro, mas quem seguro-o na cruz foi os nossos pecados.
Ele ressuscitou para garantir que todo aquele que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna.
Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. João 5.24
A Cruz Completa
Marcos 15.21-41
Introdução:
A revista Época, na edição 202, de amanhã, 01/04/02, em reportagem de Antonio Gonçalves Filho sobre os "evangelhos apócrifos", ressalta que a Páscoa deveria ser a data mais importante para o cristianismo, mais até do que o Natal, visto que o Cristo crucificado e ressuscitado é o centro da fé que move dois bilhões de pessoas no mundo.
Sem a crucificação e ressurreição de Cristo não haveria igreja e nem esperança a ser celebrada no memorial da Ceia, pois não teríamos evangelho que se proclamasse. Creio que o próprio Cristo queria criar em seus discípulos este sentimento, pois em Marcos 8.34 ele instiga o imaginário popular ordenando a tomada individual da cruz por parte de cada discípulo.
Tomar a cruz implica na negação de si mesmo, o que não é meramente uma exortação. É uma ordem. Devemos negar o próprio eu, dando as costas à idolatria e ao egocentrismo. Negar-se a si mesmo é muito mais do que abandonar a prática usual de pecado. É colocar-se em inteira e incondicional submissão ao Cristo crucificado.
Tomar a própria cruz é muito mais do que pensar nos sofrimentos naturais ou nos problemas existenciais que nos afligem. A cruz era instrumento de crudelíssima tortura e seu patibulum - a viga horizontal da cruz - devia ser carregado pelo condenado em vias públicas até o local da execução, tornando patente a sua desonra e humilhação. Crucificar alguém era como desnuda-lo de sua dignidade e promover o esvaziamento de todos os seus conceitos existenciais. Tomar a cruz exige, por isso, uma dedicação absoluta e uma identificação ideológica, física e espiritual de nossa parte para com Jesus, sem precedentes na história da humanidade.
Segundo o ensinamento de Jesus mesmo, tomar a cruz significa fazer de nossas vidas um hábito peculiar de seguir o seu exemplo, sem contestações ou ajustes aos interesses pessoais que destoam da propositura do evangelho. Afinal, assevera John Stott no livro A Verdade do Evangelho, a fé cristã e a fé do Cristo crucificado. Diria que além de ser a fé do Cristo crucificado, a fé cristã é a fé do povo que se predispõe à crucificação diuturna na busca de ideais cristocêntricos, cristológicos e cristossímeis. A fé cristã é a fé das pessoas que tomam a cruz completa.
Vejamos em seguida, alguns momentos específicos na vida de Jesus que nos orientam para o entendimento do que seria a nossa cruz completa.
O Batismo - Mateus 3.13-17: Se observarmos o texto com a devida atenção, verificamos que o batismo de Jesus não foi um mero ritual. Foi para cumprir toda a justiça de Deus, verso 15, o que indica que aquele ato era uma confissão pública de compromisso assumido. Compromisso motivado pela renúncia deliberada a partir da interação da Palavra de Deus na mente e no coração do homem Jesus, como deveria ser em nossas mentes e em nossos corações.
Vemos também que foi por imersão, verso 16. Jesus saiu da água, o que significa que o envolvimento era total e irrestrito. Não houve partes ou particularidade da vida de Jesus que tenha ficado de fora do compromisso messiânico. A totalidade do ser se entregara para a missão assim como deveríamos nos entregar integralmente, sem restrições, ao Senhor que nos comissiona.
Além disso, vemos que o batismo de Jesus foi um cerimonial promovido pela ação do Espírito Santo, verso 16. Jesus estava totalmente revestido de unção e de poder do Espírito Santo, como nós deveríamos estar hoje, como igreja, para realizar as obras que realizou e para ministrar a sua graça salvadora em cumprimento da profecia de Isaías, como nos indica Lucas 4.17-21.
Uma última peculiaridade do batismo de Jesus, que deveria ser realidade em nosso batismo, foi a alegria que aquele momento proporcionou ao coração de Deus. Jesus realmente abdicou de seus interesses humanóides para assumir o propósito de Deus como monotético fator de motivação de sua vida.
Se Jesus não tivesse sido batizado a cruz não teria significado sacrificial, mas apenas penal.
Um outro momento significativo na trajetória de Jesus para a cruz foi...
A Tentação - Mateus 4.1-11: Por mais absurdo que pareça, era propósito de Deus aquela experiência controversa na vida de Jesus, assim como muitas vezes o é em nossas vidas, verso 1.
A tentação exigiu de Jesus preparo e firmeza espiritual, verso 2, visto que foi um confronto direto com o diabo. O mesmo nos é exigido hoje. Satanás insiste em nos induzir, como tentou fazer com Jesus, à soberba, à idolatria, à apostasia e a pratica sucessiva de pecados, seja pela banalização dos conceitos ético-cristãos ou pela admissão de uma postura sociológica que cristianiza costumes antagônicos a Palavra de Deus.
A vitória de Jesus, que será também a nossa vitória, foi pela Palavra de Deus, a partir do conhecimento associado a ação prática do Texto Sagrado, versos 4; 7 e 10. Não foi um ato de bravura ou um feito sapiencial, foi vivência prática da Palavra.
Se Jesus não tivesse vencido a tentação a cruz lhe seria merecida, anulando assim o seu significado vicário.
Um terceiro momento que muito nos ensina sobre a nossa cruz completa é...
O Getsêmane - Mateus 26.36-46: Este foi um momento de angústia e de profunda depressão, verso 38, para Jesus, quando ele se derramou em intensa intercessão, prostrando-se em aviltante e plena submissão a Deus, no afã de cumprir o propósito salvífico, verso 39.
Muitas vezes nos sentimos como Jesus, mas diferente dele, reagimos com lamúrias, com questionamentos e com blasfêmias reclamando da solidão que faz ressoar altissonante a confrontação direta entre a devoção sincera e a fraqueza humana, versos 40-41. Muitas vezes nos vemos pressionados pelo desafio de resistir e vencer, apesar das cicatrizes que ficarão, ou de ceder e nos retirarmos covardemente para nos entregarmos a mediocridade espiritual.
Para Jesus, o Getsêmane foi um momento de resignação, verso 42, como deve ser para nós. Todo o cristão tem o seu Getsêmane. É o momento no qual é testada a nossa capacidade de resignação, bem como a nossa fibra espiritual diante da traição que dilacera o coração devido a negação do amor que demonstramos, versos 45-46. Mas, como Jesus, devemos resistir e vencer a depressão, encarando o traidor sem nos demovermos do objetivo espiritual traçado por Deus em tal experiência.
Se Jesus não resistisse a amargura do Getsêmane Filipenses 2.5-11 jamais teria sido escrito pelo apóstolo Paulo. O cristianismo não seria nada mais do que o propalado pelo postulados marxistas, "o ópio do povo".
Depois disto Jesus passou por experiências amargas no Sinédrio, o tribunal supremo dos judeus que impunha obediência ao sistema mosaico, e diante de Pilatos, o governador romano representante de César na Palestina, chegando ao momento último de sua trajetória messiânica, que foi...
A Crucificação - Marcos 15.21-41: Jesus não apenas nos ordenou a tomada da cruz, como ele mesmo tomou a cruz para a nossa salvação.
A crucificação teve início no pretório, o pátio da guarda romana. Jesus foi colocado na presença de uma coorte, onde vestiram-no de púrpura, um tecido fino e valioso, e em sua cabeça colocaram uma coroa de espinhos. Todos os soldados o saudavam, debochadamente, como a um rei, pois esta era a acusação que sobre ele recaía; Jesus Nazareno Rei dos Judeus.
Segundo o Dr. José Humberto no livro As Três Horas do Calvário, a coroa de espinhos encravou-se na caixa craniana, perfurando os ossos, dilacerando o couro cabeludo e rasgando-lhe a fronte, no momento em que os soldados batiam em sua cabeça com a cana, o suposto cetro de sua majestade. Batiam na cabeça e cuspiam-lhe no rosto, ajoelhando-se diante dele em atitude de suposta adoração, que na verdade era inenarrável blasfêmia, versos 16-20. Eram 600 homens fortes e devidamente preparados para a guerra torturando a Jesus.
Jesus, enfraquecido devido a situação degradante a que fora submetido - levara 39 chibatadas, verso 15 - chega ao Gólgota carregando o patíbulo de sua cruz. Vale ressaltar que no caso de Jesus a cruz era mais pesada que o usual, pois do sinal do cravo de uma mão até o sinal da outra Jesus tinha uma envergadura de 1,70m, conforme pesquisa científicas no Santo Sudário. No Gólgota, ofereceram uma espécie de droga para embotar os sentidos de Jesus, o que ele rejeita, preservando a sua lucidez e sofrendo todas as dores que lhe foram impostas, validando assim o seu sacrifício e consolidando a sua vitória contra o inferno, a morte e o pecado, verso 23.
Às 09h00 crucificaram a Jesus. Primeiro pregaram as suas mãos com cravos de 12 a 15cm no patíbulo. Eram quatro marteladas para se perfurar cada mão e mais oito em cada cravo para se perfurar e prender bem cada mão na madeira. Depois, com desprezo e brutalidade, pregaram o patíbulo na estaca vertical, colocando uma minúscula banqueta pontiaguda para que ele sentasse, evitando assim um colapso devido as contorções do corpo e postergando a agonia e o sofrimento. Em seguida, juntaram-lhe os pés, pregando um no outro com oito marteladas, para então pregarem os dois na madeira com mais doze marteladas. Por fim, levantava-se a cruz deixando o crucificado exposto ao causticante sol da Palestina.
A morte na cruz era por asfixia mecânica ou por hemorragia, visto que para respirar era necessário se levantar o corpo, dilacerando as mãos e os pés, a cada movimento, bem como comprimindo cada vez mais a caixa torácica sempre que se respirava um pouco mais fundo.
Cumpre-se a profecia de Isaías 53.12. Não só pelo fato de Jesus estar entre os transgressores, mas principalmente por ter ele tomado sobre si o pecado de muitos, versos 27-28. No decurso das horas, zombaram de Jesus insultando-o e mandando-o descer da cruz para salvar-se a si mesmo.
Queriam um milagre para que pudessem crer, visto que não foram capazes de entender que o milagre era a própria cruz. Na cruz reside o milagre da salvação e do perdão de pecados, versos 29-32.
O Texto informa que do meio dia até às três horas da tarde a Terra escureceu. A ciência afirma ser impossível pensar em um eclipse na ocasião por ser período de lua cheia. John Stott, no livro A Cruz de Cristo, diz que aquela escuridão era uma espécie de símbolo externo das trevas espirituais que envolveram a Jesus naquele momento.
Às três horas da tarde Jesus clama em alta voz: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste", citando o Salmo 22.1. Um terrível grito de abandono, o sentido é de deserção mesmo, indicando que naquele momento Jesus entendera que se havia consumado o propósito divino para a nossa salvação, sentindo na própria carne o peso da justiça de Deus e satisfazendo-a, para a nossa justificação. Jesus conhecia as Escrituras e viu cumprir-se plenamente em si mesmo a Palavra do Senhor a Moisés em Deuteronômio 21.22-23; "maldito todo aquele que for pendurado no madeiro".
As pessoas ao redor não compreenderam o que se passava e esperavam que Elias, o profeta, viesse para salvar a Jesus. Mas não há profeta, pastor, guru, santo ou papa capaz de nos salvar. A nossa salvação só é possível no Cristo crucificado e ressuscitado, versos 33-36.
Jesus morreu. O véu do Templo se rasgou de alto a baixo dando início a uma nova aliança; o pacto no sangue que nos purifica de todo o pecado. A cruz foi um momento de dor, de humilhação, de desamparo para que na realidade pudesse ser o momento de maior manifestação de amor e de redenção. O cruento momento da cruz é o momento da vitória.
Se Cristo não padecesse a morte na cruz não haveria vitória para celebrarmos. O pecado nos teria derrotado a todos.
Conclusão: Desejo concluir dizendo que ainda hoje Cristo nos chama para negarmos a nós mesmos. Jesus quer que tomemos a nossa cruz em sua inteireza e o sigamos. Portanto, se estamos dispostos a carregar a nossa cruz e se estamos realmente seguindo a Jesus, há somente um lugar para onde podemos estar indo: para a morte. Não há como seguir a Jesus, não há como ser igreja, se nos acovardamos diante da cruz.
Stott assevera, em A Cruz de Cristo, que movido pela perfeição do seu santo amor, Deus em Jesus substituiu-se por nós, pecadores. Esta substituição é o coração, o epicentro da cruz, tornando o cristianismo evangélico em uma religião pautada em uma incondicional cruzcentricidade experiencial e espiritual.
Tomar a nossa cruz é o desafio. Não uma cruz de isopor, de néon, de mármore em um epitáfio ou de ouro para enfeitar a lapela, mas a cruz completa. A cruz que inicia no compromisso assumido publicamente no batismo. A cruz que nos capacita para vencermos a tentação e que nos mantém a fibra espiritual nos deprimentes tenebrosos getsêmanes que sofremos.
Devemos tomar a cruz completa. A cruz que mortifica o nosso ego. A cruz que vicariza os nossos pecados e que nos faz contados dentre os malfeitores. Devemos tomar a cruz que nos leva ao sentimento de que somos malditos de Deus, desamparados e sem alternativas, a não ser a rendição taciturna voluntariosa, como a de fez Jesus, conforme o relato de Lucas 23.46; "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito".
Amados irmão e irmãs, a cruz completa é a cruz do testemunho público, do confronto direto como o diabo e a da angústia que muitas vezes nos faz derramar o sangue da alma devido a humilhação, o escárnio e o abandono. Se suportamos a tamanha dor; se suportamos agonizante sofrimento e se ressuscitamos depois de cruenta morte a cada dia, podemos bradar ao mundo que estamos crucificados com Cristo. Não nos incomodamos mais com as circunstâncias da vida, pois temos no corpo as marcas da cruz; temos as marcas da salvação, Gálatas 2.20 e 6.17. Amém.
- A crucificação foi um método de execução cruel utilizado na Antiguidade e comum tanto em Roma quanto em Cartago. Abolido no século IV, por Constantino, consistia em torturar o condenado e obrigá-lo a levar até o local do suplício a barra horizontal da cruz, onde já se encontrava a parte vertical cravada no chão.
- Uma vez posto na cruz, de braços abertos, o condenado era amarrado e pregado na madeira pelos pulsos e pelos pés e morria, depois de horas de exaustão. A morte ocorria por parada cardíaca ou asfixia, pois a cabeça pendida sobre o peito dificultava a respiração.
- Acredita-se que a crucificação foi criada na Pérsia, sendo trazido no tempo de Alexandre para o Ocidente, sendo então copiado dos cartagineses pelos romanos. Neste ato combinavam-se os elementos de vergonha e tortura, e por isso o processo de crucificação era olhado com profundo horror.
- O castigo da crucificação começava com flagelação, depois do criminoso ter sido despojado de suas vestes. Na ponta do açoite, os soldados fixavam pregos, pedaços de ossos, e coisas semelhantes, podendo a tortura do açoitamento ser tão forte que às vezes o flagelado morria em consequência do açoite.
- Para abreviar a morte, os torturadores às vezes fraturavam as pernas do condenado, removendo totalmente sua capacidade de sustentação. No entanto, era mais comum a colocação de “bancos” no crucifixo, o que fazia com que a vítima vivesse por mais tempo. Nos momentos finais, falar ou gritar exigia um enorme esforço.
- A crucificação é geralmente associada à Jesus Cristo que, segundo as escrituras, teria sido morto desta forma. Considerando o que é narrado nos Evangelhos, alguns pesquisadores, como Jim Bishop, analisaram cientificamente como foi o sofrimento de Jesus, desde de sua captura, até a sua morte.
- De acordo com os Evangelhos, no jardim do Getsêmani, Jesus Cristo suou gotas de sangue. Segundo a medicina, sob um grande stress emocional, vasos capilares nas glândulas sudoríparas (responsáveis pela transpiração) podem partir, misturando sangue com suor. Este fenômeno raro é chamado de hematidrose.
- Após ser levado à presença de Caifás e, posteriormente, de Pilatos, Jesus Cristo foi condenado. Em seguida, foi levado para ser torturado e flagelado. O açoite usado na flagelação era descido com toda a força vez após outra nos ombros, costas e pernas do condenado.
- No primeiro contato, o açoite cortava apenas a pele. Então os golpes continuavam, cortavam mais profundamente o tecido subcutâneo, produzindo primeiramente um gotejamento de sangue dos vasos capilares e veias da pele e finalmente jorros de sangue arterial das veias dos músculos.
- Além da tortura, Jesus era motivo de chacota, pois era denominado rei dos judeus. Os soldados romanos, ironicamente, vestiram um manto sobre os ombros de Jesus e colocaram um bastão em suas mãos como um cetro real. Em sua cabeça foi depositada uma coroa de espinhos.
- Os espinhos utilizados na coroa eram agudos, longos e curvos. Uma vez cravados na cabeça de Jesus, os espinhos atingiram ramos de nervos que provocam dores terríveis quando são irritados. É o caso do nervo trigêmeo, na parte frontal do crânio, e do grande ramo occipital, na parte de trás.
- Cansados da brincadeira, os romanos arrancaram a túnica bruscamente. O manto já tinha aderido às costas em carne viva junto aos coágulos de sangue e soro das feridas, e a sua retirada causava intensa dor. As feridas começaram a sangrar novamente.
- Após o suplício dessa coroação, amarraram nos ombros de Jesus a parte horizontal de sua cruz (cerca de 22 quilos) e penduraram em seu pescoço uma placa com o nome e o crime cometido pelo crucificado, em latim,INRI – Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus.
- A parte vertical da cruz ficava esperando pelo condenado. Jesus teve que caminhar um pouco mais de meio quilômetro (entre 600 a 650 metros) para chegar ao lugar do suplício, conhecido como Golgotha, “lugar da caveira”. Hoje se chama, pela tradução latina, calvário.
- Antes de começar o suplício da crucificação, era costume dar uma bebida narcótica (vinho com mirra e incenso) aos condenados, com o fim de diminuir um pouco suas dores. Segundo o Evangelho, quando apresentaram essa bebida a Jesus, ele não quis bebê-la.
- Com os braços estendidos, mas não tensos, os pulsos eram cravados na cruz. Desta forma, os pregos de aproximadamente 12,5 centímetros eram provavelmente postos entre o rádio e os metacarpianos, ou entre as duas fileiras de ossos carpianos. Estes locais conseguiam sustentar o peso do corpo.
- Uma vez com o prego nos pulsos, a parte horizontal da cruz foi erguida e encaixada na parte vertical. Em seguida, colocaram o pé esquerdo sobre o direito, e deixando-os totalmente estendidos, atravessaram o prego, cravando-lhes na madeira e com os joelhos flexionados. A crucificação estava completa.
- Assim que Jesus pendia lentamente para respirar e colocava peso nos punhos, uma dor alucinante era sentida nas mãos, subia pelos braços e explodia no cérebro, uma vez que os pregos nos punhos pressionavam os nervos médios desse membro.
- O mesmo ocorria ao sustentar o peso do corpo nos pés. Após horas de sofrimento, os músculos quase totalmente paralisados traziam-lhe uma parcial asfixia e fortes dores vindas de suas costas quando estas eram esfregadas contra a madeira áspera.
- Segundo a medicina, Jesus pode ter morrido devido a perda de sangue no corpo (choque hipolovêmico) por causa das várias lesões. A perda de sangue levou a uma diminuição ou ausência de oxigênio no cérebro (hipoxia-anoxia) e subsequente insuficiência cardíaca e respiratória.
Jesus nos ensina o caminho para o Reino: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” [Lc 9:23]. Seguir a Cristo nesta terra nos credencia a segui-lo para além desta terra, na eternidade.
A cruz de Cristo é feita apenas com dois pedaços de madeira rústicos. Não é de madeira nobre, como mogno ou imbuia, e muito menos tem entalhes ornamentais ou tem suas rebarbas retiradas ou foi lixada para ser suave ao toque.
Na verdade, tocar na cruz de Cristo é uma experiência estranha e que não tem prazer no ato em si. Carregá-la então, para a mente humana não regenerada pelo amor de Cristo é carregar um peso morto, algo que beira o masoquismo.
Agora, para os filhos de Deus, remidos pelo sangue de Cristo que foi derramado exatamente nesta cruz áspera, escandalosa e sem beleza alguma, deveria trazer gozo e alegria tomar a cruz que nos é proposta, não pela cruz em si, mas pelo servir a Cristo, pelo seguir sua instrução e pela compreensão espiritual da cruz como o caminho para o Reino.
É triste percebermos que há muitas outras cruzes no arraial cristão e que, tal como um celular Xing ling quer imitar um iPhone, estas falsas cruzes tentam imitar a cruz que Cristo nos propõe.
E há cruzes para todos os gostos, tipos e bolsos.
Uma é diminuída em seu tamanho, para ser mais leve e fácil de carregar. Esta cruz mutila a Bíblia, eliminando dela todo o compromisso que a vida cristã requer.
Outra é aumentada para parecer mais pesada do que realmente é tendo em vista que o que carrega tal cruz julga-se merecedor da salvação por carregar mais peso que os outros e, pior ainda, condena os que não têm uma cruz tão grande nas costas. Não é difícil de reconhecer o carregador deste tipo de cruz, pois está sempre fazendo sacrifícios tolos para buscar aprovação em Deus para seu coração endurecido. Busca trilhar o caminho maldito da auto-salvação e, em algum ponto da estrada esbarra no muro da frustração.
Há ainda a cruz que só tem aparência: tem cor de madeira, tem cheiro de madeira, parece rústica e tem até sangue escorrendo por ela. Parece cruz, mas é falsa, é cinematográfica, éfake, cruz de isopor que tenta enganar os homens, mas não é capaz de enganar a Deus. Qualquer vento de doutrina vai quebrá-la e espalhar seus pedaços, revelando seu interior.
Creio não conseguir enumerar todos os tipos de pseudocruzes no meio cristão, mas não posso deixar de citar a cruz da aceitação. Este tipo de cruz é lixada e antes teve todas as rebarbas removidas, sendo bem suave ao toque. Geralmente é envernizada ou pintada com alguma cor da moda. Esta cruz precisa ser assim para que quem a carrega seja aceito em seu meio, seja na escola, no trabalho, com amigos ou família. Em seu interior até tem a mesma qualidade de madeira da cruz de Cristo, mas recebeu muitos retoques e embelezamento externo para facilitar sua aceitação. Quem carrega tal cruz retira as rebarbas da condenação do pecado para que possa continuar com sua vida da mesma forma de outrora, mas com uma aparência gospel, lixa-a para aliviar a aspereza do negar-se a si mesmo e a pinta ou enverniza para dar uma aparência agradável para que outros até topem carregar uma cruz bonitinha assim, imaginando com isto cumprir o verdadeiro IDE.
A cruz de Cristo é uma experiência radical, que nos muda radicalmente. Só a verdadeira cruz tem o poder de nos conduzir à essência da Verdade, que é Cristo Jesus.
Se nos dedicarmos a qualquer outra cruz que não a autêntica corremos o risco de, em vez de sermos salvos pelo sacrifício de Jesus na cruz, sermos nós mesmos crucificados nesta cruz fajuta, que nada tem a ver com a cruz de Cristo.
A Cruz é símbolo Cristão ou Pagão?
O Papa recebe o sinal da deusa pagã Shiva em sua testa, afim de receber proteção. (Shiva é o deus hindu que é chamado de “o senhor da morte”; na bíblia satânica é citado com o “mesmo significado do próprio Satã; sinônimo).
Imagem da deusa shiva shakti
A falsa tradição tem levado multidões a adorar a “santa” cruz do paganismo.
Assim se aprende no chamado catecismo:
O sinal da cruz “Católico” ROMANO se faz assim: estendendo unidos os três dedos da mão direita (polegar, indicador e médio – simbolizando a Santíssima Trindade), e apoiando os outros dois sobre a palma da mão (anular e mínimo – simbolizando as duas naturezas – humana e Divina de Cristo em uma só pessoa), levamos a mão assim formada, da fonte (1) para o peito (2), e depois do ombro direito (3), para o esquerdo (4)”.AGORA CONHEÇA TODA A VERDADE:
Você acaba de fazer uma CRUZ de cabeça para baixo, um sinal que pouca gente sabe que é um sinal usado por satanista, a CRUZ INVERTIDA.
Observe os cabelos do falso Cristo caindo pra baixo na cruz investida, e o 666 número da besta.
Um dia perguntei um católico porque ela fazia este sinal, ele respondeu:_Porque todo mundo faz, assim, ora!
Ao conhecer a Verdade, a gente vê como esta falsa tradição é perigosa. Os líderes religiosos usam para manipular a fé destes pobres indefesos, que agem sem pensar. Aí, sentimos a responsabilidade de alertar as pessoas, na esperança de salvar algumas com Jesus. Como é diabólica e desumana manter o povo assim, tão cego e escravizado pelo engano.
Deus disse: “O meu povo perece por falta de conhecimento” (Oséias 4:6). E o “chefe” da Igreja ROMANA nada faz para mudar esta triste situação?
A Cruz Invertida – a cruz usada por satanistas, simboliza o fim do Cristianismo e também tentam ridicularizar a Jesus, exaltando o diabo, oantiCristo, e o falso profeta que é a besta 666. (Trindade satânica).
Pense comigo:_Porque fazer o sinal da cruz? Jesus já não desceu dela,… venceu a morte e ressuscitou? Qual o sentido de se apegar a cruz e não a Jesus Vivo? O cristão consciente precisa escolher entre a Idolatria da cruz ou a verdadeira adoração de Jesus! Cruz não tem nada a ver com Pai, Filho e Espírito Santo, gente! É fácil notar que tem algo muito errado nesta falsa tradição inventada pelos homens!
Assista estes 3 vídeos que mostram alguns símbolos que o verdadeiro cristão deve evitar: (Após ver o primeiro vídeo, espere para ver os outros, ok?)
http://www.youtube.com/watch?v=4z0f5wotyOc&feature=PlayList&p=C32772D5095680F2&playnext_from=PL&playnext=1&index=12
A VERDADEIRA ORIGEM DA CRUZ.
Esta claro como o dia, que a Cruz não foi inventada por Jesus, nem pelo povo de Deus. Todos sabem que antes mesmo de Jesus nascer, já matava criminosos nas cruzes. Por isso a Bíblia chama a cruz de MALDITA: “Cristo nos resgatou da MALDIÇÃO da Lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: MALDITO TODO AQUELE QUE FOR PENDURADO NO MADEIRO”. (Gálatas 3:13).
Desde os tempos antigos já haviam condenados que morriam no madeiro, ou “T” de Tamus, a cruz primitiva que deu origem a cruz que conhecemos hoje, veja: “O seu cadáver não permanecerá no madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo dia; porquanto O PENDURADO É MALDITO DE DEUS. Assim não contaminarás a tua terra, que o Senhor teu Deus te dá em herança”. (Deuteronomio 21:23)
A cruz teve sua origem nos tempos de Ninrode, (Neto de Cão) o rei que construiu a torre de Babel. Sua mulher, foi a sacerdotisa Semíramis que tendo o seu filho Tamus nos braços, já era adorado como deus, desde os tempos antigos. (Depois, veja mais informações, lendo aqui mesmo em nosso Blog, o tópico: “Porque Maria Chora”?)
Pra quê tantas cruzes nas vestes, no pescoço, nas mãos e no trono Papal, companheiros!?
O “T” da inicial do nome Tamus, foi o símbolo mais antigo, que deu origem a cruz conhecida nos dias de hoje. Os povos primitivos também adoravam o fogo como deus, e o símbolo do fogo era duas varinhas cruzadas em forma de “X”, que sendo friccionadas uma na outra, tinha o poder de fazer surgir o seu deus: fogo. Entre os Celtas a cruz tornou-se cultuada muito antes de Cristo, e na Índia era o sinal do Fogo Sagrado, respeitado como Divindade, Potência Superior e Origem da Vida.
Hoje, vemos principalmente as pobres crianças fazendo a CRUZ INVERTIDA, sem saber do seu real significado.
Uma cruz mesmo feitas pelo joalheiro, não tem poder algum. Ao contrário, quando você encontra cruzes plantadas nas curvas de uma estrada, é sabido que ali houve um acidente fatal que ceifou vidas preciosas, portanto, é mal sinal.
Cruz é sinal de morte nas estradas
REFLEXÕES SOBRE A CRUZ
-Nosso Senhor e Salvador Jesus o Cristo não está mais na cruz. Ele esteve lá apenas por um pequeno momento. O sacrifício já foi consumado e não exige mais sacrificar.
-Agora devemos visualizar Cristo em seu trono de Glória, pois, Ele vive para todo o sempre RESSURRETO dentre os mortos, a memória da sua morte e ressurreição. Não devemos nos ater a contemplação da cruz, desenhada ou esculpida, mesmo que seja em ouro ou prata. Nem reverenciar uma cruz, mesmo sem a imagem de Cristo pendurada, ou sobre uma fachada de uma igreja. E, muito menos acreditar que ela nos protegerá, idolatrando a cruz e não a Jesus Cristo vivo.
-Veja que Jesus não foi colocado na cruz sozinho, pois dois ladrões, criminosos condenados foram também mortos ao seu lado.
-Cruz quer dizer sacrifício, e não é santa. Não existe Santa Cruz, mesmo se houvesse a Cruz original onde Cristo foi pregado. O Poder está em Deus e não no “T”, “X” ou a Cruz criada pelo paganismo.
-Jesus venceu a cruz por nós,… então seria loucura a gente adorar, idolatrar, reverenciar a cruz. Devemos honrar, adorar a Jesus, isso sim.
-”Não desprezar a cruz…” é não desprezar o sacrifício expiatório que Cristo fez por você e por mim. Só Ele pagou nossas dívidas morrendo em nosso lugar.
-Este costume de andar com uma corrente e uma cruz não protege ninguém. É preciso ter Jesus no coração e obedecer a Palavra de Deus:“Portanto, meu amados, Fugi da idolatria”. (I Corintios 10:14). Fugi de adoração a imagem da cruz, ou de qualquer outro tipo de Imagem!
Raciocine um pouco comigo: então se Jesus tivesse morrido numa guilhotina, você andaria hoje com um guilhotina no pescoço ou com Jesus no coração? Viu, como é fácil entender a má influência da falsa tradição? Pois os apóstolos e primeiros cristãos jamais fizeram isso.
-A cruz não é nossa vitória…, pois nossa Vitória está descrita lá em I João 5:4 e 5; “(…e esta é a VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO a nossa FÉ. Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?)
-Oração ao pé da cruz, não! Tem que ser aos pés de Jesus, ele sim tem Poder e pode nos ouvir.
-Por isso o Povo de Deus nunca se apegou a cruz. Se não fosse assim, os primeiros discípulos teria se juntado e comprado a cruz em que mataram Jesus, e teriam levado um pedacinho consigo para se proteger. Mas, não fizeram tal coisa, pois, confiavam mais no Salvador Jesus, que na cruz que os seus inimigos ROMANOS usavam pra matar criminosos. E os ROMANOS assassinaram milhares de cristãos em cruzes por todo o Império… a cruz para os verdadeiros cristãos era símbolo de Maldição, perseguição e morte. E, para Deus também, leia nas Escrituras.
ALGUNS DEFENSORES DA CRUZ:
- Citam Lucas 9:23, onde Jesus diz: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” Aqui, esta falando de RENÚNCIA e não de que devemos tomar uma cruz e atá-la ao pescoço com uma corrente e seguir Jesus. Muito menos, que deveriamos quebrar o mandamento da Lei de Deus e venerar uma Imagem da Cruz. É, óbvio que não. Mas, quando Jesus disse isso, naquele tempo, todos entenderam facilmente, porque todos já sabiam o que acontecia com alguém condenado a tomar uma cruz. Nada mais teriam que fazer, a não ser caminhar para a morte, portanto devemos entender a mensagem do Mestre e saber que a partir do momento que decidimos seguir Jesus: só nos resta um caminho: morrer para as coisas deste mundo, como as farras com bebidas que nos levaria ao alcoolismo, ou até às drogas. As atitudes que não são próprias de um Cristão, como ser “tímidos, incrédulos, abomináveis, homicidas, fornicarios (sexo ilícito), feiticeiros, idolatras, mentirosos, pois a estes esta reservado a Condenação Eterna.” (Apocalipse 21:8). E, o Senhor Jesus encerra sua orientação sobre RENÚNCIA, dizendo: “Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perde-la-á; MAS QUALQUER QUE, POR AMOR DE MIM, PERDER A SUA VIDA, A SALVARÁ.” (Lucas 9:24). Aqui, nos mostra que “perder” é GANHAR, pois, quantos jovens tentado ganhar a vida curtindo o mundo, acabam perdendo tudo e fracassando, morrendo cedo e até sem a Salvação Eterna que Cristo tinha para dar a eles.
Responda:_Porque o Papa usa a cruz invertida em seu trono?
O Papa alega que usa esta cruz invertida, porque Pedro morreu na cruz de cabeça para baixo. Mas isso não é verdade, pois Pedro era um homem simples, de pouco cultura, não era rico como os Papas e jamais viajou tão longe, da Galileia até Roma. Naquela época as viagens… não eram tão facilitadas (embora continuam caras) como é nos dias atuais. As viagens eram arriscadas, demoradas e exigia muitos recursos que Pedro não possuía. Como tem hoje muita gente, da classe média, que morre sem conhecer o mar, naquele tempo Pedro também não atravessou o mar pra chegar a Roma, por isso a Bíblia não confirma esta mentira da falsa tradição “Católica” ROMANA.
O Papa João Paulo idolatrava tanto a cruz que foi sepultado em um caixão com uma cruz invertida desenhada nele. Preferiu também um caixão de forma estranha, destes que a gente costuma ver em filmes de vampiros ou cerimonial satânico. Porque isso, em companheiro?
UM DISFARCE PARA ENGANAR?
Agora com o conhecimento divulgado pela Internet, o clero se vê apertado por sentir que o povo tem sabido de toda a Verdade, que tentam encobrir o mal feito. Agora, eles estão tentando popularizar outro sinal da cruz.
Este NOVO sinal da cruz é fazendo três cruzes (XXX), ao invés de uma: a primeira sobre a testa, a segunda sobre os lábios e a terceira sobre o coração. Será que este disfarce é válido e resiste a um exame da razão? Neste próximo vídeo e observe que eles ensinam claramente que o poder de te livrar do mal VEM DOS MÉRITOS DA CRUZ e não do Senhor Jesus. Será que você acredita que cruz espanta vampiros, e o diabo? Daqui a pouco vai acreditar que alho espanta vampiros!? Não adiantaria em nada andar com alho, para se proteger. Assista o vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=nmjN3BJ7ggE
Vejamos:
1) – O desenho da cruz equivale ao X, e qual o valor numérico do “X”?
Entenda que, somente as letras, F, O e X valem cada uma o número 6, portanto:
F = 6
O = 6
X = 6
FOX = 666
E a cruz equivale ao X = 6
XXX = 666, que é a trindade satânica: o diabo, o antiCristo, e suabesta (a besta é também denominada de Falso Profeta), portanto, fazer um sinal da cruz “moderno” com as 3 cruzes ficou pior. É como se estivessem treinando pra receber a marca da besta? (+++ = 666)
Assistam este vídeo explicativo:
O Vaticano que comanda e controla os costumes e tradições do povo “Católico” ROMANO não deixa as pessoas obedecerem a Palavra de Deus, contida na própria Bíblia Católica contra o uso da Idolatria da cruz e de imagens que Deus tanto condenou, até nos Dez Mandamentos.
O Segundo Mandamento:
“Não farás para ti imagens de escultura, nem semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu sou o Senhor teu Deus,… que visito a maldade dos pais nos filhos até a quarta geração daqueles que me aborrecem. E faço misericórdia em milhares aos que amam e guardam os meus mandamentos”. (Êxodo 20:4 a 6). Se você fala deste texto a um padre ele te dá uma bronca. Mas, não devia, é o Mandamento de Deus que está na Bíblia Sagrada.
Usam imagem da cruz até na hóstia e negam dar pão e vinho para os fiés pobres, como ordenou o Senhor Jesus. (Lucas 22:19 a 20; João 6:53 a 55; I Aos Coríntios 11:23 a 28 ).
O Papa usa várias cruzes em sua roupa e faz o sinal do satanismo com a sua mão?
O grande comércio da maldição e do engano.
O que Deus nos ensina: “Ouví a palavra que o Senhor vos fala… Não aprendais o caminho das nações,… porque o costume (tradições pagãs) dos povos são vaidade; pois cortam do bosque um madeiro, obra das mãos de um artista, com machado, com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam, para que não se mova. …são ídolos (imagens) obra torneada, mas não podem falar; necessitam de quem os leve, porquanto não podem andar. NÃO TEMAIS RECEIO DELES, POIS NÃO PODEM FAZER MAL, nem tão pouco teem poder de fazer bem”. (Jeremias 10:1 a 5).
Aí, o Vaticano aprova fazer imagem de gesso, e veja no que dá. Assista o vídeo e responda: _O que acontece quando a Virgem Maria ou qualquer outra imagem se quebra? O “santo” Papa manda por no lixo ou no sacrário?
Se as imagens não protege nem a si mesmas, como irá proteger você?(Leia Isaías 45:16 a 22 e 46: 1 a 13; Jeremias 10:1 a 5).
Não se deixe enganar estude a Bíblia, e aceite a Jesus como seu único protetor enquanto há tempo, pois a cruz invertida ou 666 não pode te livrar, companheiro!!!
fontes:
www.santovivo.net/gpage311.aspx
pt.wikipedia.org/wiki/Crucificação
www.deusexisteejesusestavivo.com/.../de-que-era-feita-.
pt.scribd.com/doc/.../A-Cruz-de-Cristo-sermao-expositi...
creiaemjesus.com.br/.../de-que-era-feita-a-cruz-de-crist..
www.chamada.com.br/mensagens/cruz.html
www.historiadigital.org › Curiosidades
www.lagoinhabatatais.com.br/.../onde-esta-a-verdadeir..
www.pastorismarmalta.com.br/pagina.asp?codigo=167
oslimpatrilhos.wordpress.com/a-cruz-e-simbolo-cristao..
Um comentário:
Muito bacana esse conteúdo sobre a Bíblia sagrada rosa, gostei bastante.
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