sábado, 12 de outubro de 2013

Prisioneiro da Própria Liberdade


Prisioneiro da Própria Liberdade

Jesus continuou: "Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança'. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles.

"Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente. Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade. Por isso foi empregar-se com um dos cidadãos daquela região, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos. Ele desejava encher o estômago com as vagens que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada." Lc 15:11-16

Quando vemos as notícias policiais na televisão percebemos que existem diferentes tipos de prisioneiros em nossas cadeias.



Alguns estão presos injustamente pelo fato de serem inocentes das acusações, outros estão presos porque desdenharam da lei, confiando que jamais seriam pegos no seu delito. Em ambos os casos, poderíamos afirmar que sua prisão foi involuntária, jamais teriam se entregado ou facilitado a ação dos seus perseguidores.

Outro tipo de prisioneiro é aquele que, mesmo sabendo que dificilmente deixará de ser pego, não consegue evitar o crime. Os motivos podem ser: ira intensa, ciúmes, vingança, etc.

Encontramos, porém, na história do filho pródigo um tipo diferente de prisioneiro. Ele não está atrás das grades, não foi condenado, não há sentença a ser cumprida em uma penitenciária, mas, por opção, voluntariamente, colocou-se numa situação de dificuldade extrema. Pediu e obteve do pai antecipadamente a parte que lhe cabia da herança e partiu para uma terra distante.

Depois de ter gasto toda a sua herança começou a passar necessidade, a ponto de desejar comer a mesma comida que dava aos porcos no único emprego que conseguiu naquele momento de crise. O típico prisioneiro da própria liberdade. Pediu e a obteve, mas depois não soube muito bem o que fazer com ela.

Percebemos hoje um quadro semelhante em nossa sociedade. Os homens têm ansiado serem independentes do Criador a qualquer custo, porém, independência nem sempre é sinônimo de liberdade.

Nunca se enfatizou tanto a individualidade, a liberdade de escolhas e a pluralidade. Talvez, por isso mesmo, nunca vimos tanta insegurança e insatisfação em pessoas que deveriam estar comemorando a liberdade obtida.

Estamos vivendo dias difíceis. Cada criatura de Deus que chega a esta Terra, em vez de reconhecer sua limitação e depender do Criador, considera-se autosuficiente, um "pequeno deus" que não precisa prestar contas a ninguém.

Imagine bilhões de "deuses" convivendo num planeta tão pequeno. Aparentemente livres, infelizmente, prisioneiros.

"Se o Filho vos libertar, vocês de fato serão livres" - João 8:36.

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