terça-feira, 19 de novembro de 2013

FALSO CRENTE


FALSO CRENTE

A falsa doutrina é tão perigosa quanto o falso pregador. É impossível separar o falso pregador da falsa doutrina. Um está para o outro. O falso profeta é o pregador oficial da falsa doutrina.Quando se diz “falso pregador”, que ninguém entenda ser uma personagem assustadora que fala abertamente tudo o que é contrário à boa Palavra divina. Muito pelo contrário! O falso pregador é aquele que tem a extraordinária argúcia de usar corretamente vários textos da Bíblia e torcer o seu contexto. Com sutileza é capaz de usar “cem textos” sem contexto.Quando o falso profeta faz isso, ele contamina a doutrina verdadeira. É como se um copo cheio de boa água recebesse uma gota de veneno. Todos sabem que o caos da humanidade se deu porque o diabo torceu sutilmente a Palavra de Deus.Considere que a antiga serpente não negou a existência do Senhor, não negou Seu poder criador, simplesmente torceu a Verdade com uma maliciosa gota de falsidade. Naquele exato momento desabrocha a falsa doutrina. O dragão foi o primeiro a colocar veneno na Água do Evangelho da Graça.

Por que o cristão deve ter aversão pela falsa doutrina? Porque o próprio Deus a odeia: “Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão... outrossim, também tu tensos que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas... as quais eu também odeio (Apocalipse2.14,15;6c). Os cristãos são exortados a não se deixarem envolver pela falsa doutrina: “não vos deixeis envolver por doutrinas várias e estranhas...” (Hebreus 13.9) “...não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro”. (Ef 4.14)

Os falsos pregadores, tanto do passado quanto do presente, se deleitam com questões misteriosas, revelações exclusivas, experiências pessoais, fenômenos extraordinários e são mestres ao adicionarem esses temas às carências humanas. Os tais, são especialistas em colocar a “gota de veneno” para dar algo mais aos anseios do coração do homem. É por aí que eles atraem e cativam os seus ouvintes, de tal modo, que é impossível essas pessoas serem convencidas de que estão sendo enganadas.

Todos devem estar em estado de alerta, porque há muito que não se via tanto falso pregador e tanta falsa doutrina. É necessário que o filho de Deus “não dê ouvido às palavras dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do SENHOR” (Jeremias 23.16)

É incrivelmente interessante como a falsa doutrina atrai o falso crente. Enquanto o crente verdadeiro ouve a voz de Cristo, o falso ouve a voz do falso Cristo. Enquanto o filho de Deus tem o coração inclinado pelo Espírito Santo para a Palavra de Deus, o filho das trevas o tem inclinado para o “pai da mentira”. Você já notou que o falso crente se agrada com a comunhão na congregação, participa calorosamente das discussões nos grupos de estudo, aprecia as festas organizadas e se regozija intensamente com os cânticos congregacionais? É verdade! ele participa e se satisfaz com tudo isto, menos com uma coisa: a pregação expositiva e sistemática da boa doutrina! Aí ele fica impaciente, sonolento, enfadado, distraído, etc. Esse tipo de “crente” incrédulo é aquele que tem sempre as mesmas dúvidas, faz sempre as mesma perguntas, suas palavras não têm edificação espiritual e jamais recebe com gratidão as palavras ensinadas pelos pregadores da Verdade. Ele está sempre questionando com incredulidade. Polemiza teologia, não por amor a Verdade, mas porque ama o debate. Aprecia citar as palavras dos falsos pregadores, aprende com a maior facilidade o que dizem os falsos profetas e seguem as suas práticas sem cerimônias.

Haverá tempo” pregou Paulo “em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Timóteo 4.3). Esses tais“se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (2 Timóteo 4.4). É verdade! A alma desse “crente” incrédulo se satisfaz na fantasia da falsa doutrina que lhe estimula a cobiça e vice-versa.Lamentavelmente a igreja contemporânea está cheia de falsos crentes que amam a falsa doutrina adoram os falsos profetas. Por serem tantos em nosso meio, perdemos as nossas características e a autêntica personalidade cristã.

Eis um axioma: O pregador de falsas doutrinas e os falsos crentes se atraem mutuamente, ambos se satisfazem no que falam e no que ouvem. Nenhum deles tem prazer na “lei do Senhor”, na sã doutrina. Por considerar questões doutrinárias como fundamentais e essenciais para a vida cristã, o Espírito Santo é enfático em relação aos pregadores de falsa doutrina: eles não devem ser acatados. “... se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas”(2 João 1.10). Paulo clamava: “Rogo-vos, irmãos, que noteis bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que aprendestes; afastai-vos deles”... “...porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre; e, com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos incautos” (Romanos 16.17,18). Pedro advertia: “e muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade”(2 Pedro 2.2) . Atenção! Estamos vivendo os últimos dias, eis porquê eles são tantos e a cada dia se multiplicam e “...enganarão a muitos”. (Mateus 24.5). Porventura, você ainda não percebeu, que de um tempo para cá, tantas coisas têm sido ditas e feitas em nome da Santa Doutrina Cristã?Você ainda não percebeu que ao Evangelho estão associando coisas absurdamente escandalosas e inimagináveis? Não se deixe enganar, pois a “antiga serpente”(o diabo) e “o falso profeta” (o falso pregador), “sabendo que pouco tempo lhes resta” estão disseminando a falsa doutrina para envergonhar o evangelho e perseguir moralmente aos verdadeiros cidadãos dos céus

domingo, 17 de novembro de 2013

LINGUAS ESTRANHAS

LINGUAS ESTRANHAS_ II PEDRO 3: 16 e 17

INTRODUÇÃO: As línguas estranhas, como muitos assuntos na Bíblia causam polemicas. Mas não deveriam, pois a Palavra de Deus não veio para causar polemicas. DT. 29: 29; ICOR. 14: 33. Algumas seitas e igrejas evangélicas tradicionais não falam por não entenderem, ou por pouca luz (entendimento da Palavra).

Ou por se escandalizarem com os pentecostais e neo pentecostais. Já os neo pentecostais falam sem conhecimento e sem direção (racional). Os pentecostais que antes falavam com sabedoria e conhecimento da Palavra, hoje segue o mesmo caminho dos neo pentecostais.

Segundo o meu entendimento não se pode analisar o crente, uma igreja, ou um povo se são pentecostais ou não, por falarem ou não falarem em línguas estranhas.

A meu ver as línguas estranhas falada nas igrejas não é uma marca de pentecoste, as marcas do Pentecoste foram: O poder Atos 1: 1_8, os Dons, ver Atos 5: 15 e 16; Atos 3: 1_8 Pedro no Templo (milagre).Pois o Espírito Santo que desceu sobre a igreja, ao povo e sobre todos que aceitam a Jesus, trouxe poder, Dons espirituais, que estão ao alcance de todos, testemunhar a Jesus é um dever de todos que o aceitam. Mt. 10: 32 e 33, a igreja de Corintios era uma igreja pentecostal não pelas línguas que falavam, mas sim porque ela tinha Poder e Dons Espirituais, I Cor. 1: 1-7.

Paulo era pentecostal, não pela língua que falava, mas pelos dons que tinha e pelo testemunho I Cor 14: 18 – 20, ICor. 2: 1- 5; Rm. 15: 19; I Ts. 1: 5. Uma igreja, um povo, ou um crente que só fala em línguas, mas não tem nenhum Dom, e não dar testemunho de Jesus, não coopera em nada com o Reino de Deus e nem coopera com a vinda de Jesus Cristo. Jõ. 15: 1 e 2; Mt. 7: 15 – 20.

O melhor caminho para compreender as línguas e falar em línguas, é seguir e obedecer a Palavra de Deus, pois a Palavra de Deus (Bíblia) fornece tudo o que eu preciso para viver e prestar um culto racional, basta eu me esvaziar do meu conhecimento humano, daquilo que eu penso, do que eu acho, e fazer conforme a Palavra de Deus ensina, pois a Palavra de Deus não vai mudar. Ml. 2; 6; Jõ. 19: 22.

Quem tem que mudar é o homem, se o homem não se moldar a Palavra de Deus, o culto e a vida dele e tudo o que ele fizer vai ser de forma irracional. Portanto para entender as línguas estranhas, e falar de forma correta é só obedecer a Palavra de Deus, mesmo que isto desagrade aos irmãos, ao pastor, a igreja, etc. Gl. 1: 8 – 10.

No Velho Testamento o Espírito Santo não habitava no homem, quando Deus queria usar o homem para desempenhar uma missão, falar através do homem (Profeta), o Espírito Santo se apossava, possuía o homem para usá-lo. I Sm. 10: 1-7; I Sm. 16: 1- 13; Jz. 14: 1-6. No entanto não há nenhum relato de que alguém ou alguns destes homens falaram em línguas estranhas, mas sim profetizavam.

Nos Evangelhos João Batista era um homem cheio do Espírito Santo Lc. 1: 5 – 15; Jesus também era homem cheio do Espírito Santo Lc. 3: 21 e 22; Lc. 4: 1. Não há também nenhum relato de que João e Jesus tivessem falado em línguas estranhas, nos evangelhos não há relato de que alguém tenha falado em línguas estranhas.

Baseado no Velho Testamento e nos Evangelhos e nos ensinos do Apóstolo Paulo, as l ínguas estranhas falada na igreja não é o Espírito Santo que fala, mas sim o Espírito do homem, que em uma linguagem espiritual (mistério) ora a Deus (fala com Deus), I Co. 14: 2 e 14, 15.

A oração em línguas, ao contrário de que muitos pensam, não trás beneficio, ou seja, ela não edifica a igreja, mas sim o crente que está orando em línguas. I Co. 14: 4.

Portanto orar em língua em vós alta na igreja é falta de sabedoria, muitos nem ora, fala em língua sem qualquer entendimento, atrapalhando o culto e prejudicando a vida espiritual daqueles que vão ao culto para cultuar a Deus com o raciocínio I Co. 14: 14 – 28.

Segundo o meu entendimento estas línguas estranhas falada nas igrejas, é um sinal de fé, daqueles que crêem em Jesus, e que receberia o Espírito Santo, por serem salvo ao aceitar Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. Mc. 16: 15 – 17; Hb. 10: 22.

A morte e ressurreição de Jesus Cristo rasgaram o véu, II o. 3: 13 - 17 e trouxe o Espírito Santo Lc. 23: 44 e 45; Hb. 10: 19 e 20. E conforme o meu entendimento, o Espírito Santo ao vir habitar no homem I Co. 6: 19; Rm. 5: 5 liberou no espírito do crente um acesso a Deus em uma linguagem espiritual que o homem antes da vinda do Espírito Santo não tinha. I Co. 2: 9 – 12.

A meu ver o pregador na hora da mensagem, falar algumas palavras em línguas estranhas é normal, pois ele pode estar glorificando , exaltando a Deus, ou falando com Deus em mistério, mas a pregação ser toda tomada pelas línguas estranhas, ai sim é uma pregação que não vai trazer nada de Deus para a igreja. I Co. 14: 20 – 26.

As línguas estranhas na igreja, no meu entendimento podem ser faladas pelo Espírito do homem, pela vontade da carne, ou por um momento de forte emoção I Ts. 5: 23; Hb. 4: 12, e também por demônios, pois eles podem muito bem falar através das pessoas, pois as obras do diabo é a imitação, falsificação e a mentira. Por isso é necessário nas igrejas haver o Dom da Interpretação de línguas e discernimento de espírito. I Co. 14: 26 – 28.

Para que serve as orações em línguas estranhas, no meu entendimento ela edifica a vida do crente, como a oração com entendimento, o jejum, a Palavra, o evangelismo edifica, tem o mesmo efeito, sentir a presença de Deus, crescer na graça. II Pd. 3: 18; II Co. 12: 1 – 9.

Para que alguém venha a falar em línguas estranhas na igreja, em casa, no monte onde quer que esteja, basta ele ter a certeza que é salvo em Cristo Jesus e que é templo do Espírito Santo, ter uma vida de oração, jejum, palavra, que a vontade de falar vai vir naturalmente, ai é só falar.

A presença de Jesus na nossa vida e no momento de orações traz este desejo, e quando este desejo chegar, estando de acordo com a Palavra de Deus, fale não prenda. II Co. 3: 17. Se você quer falar e sente que não vai atrapalhar e nem escandalizar fale. II Co. 3: 17; I Co. 14: 39 e 40.

Segundo ao meu entendimento, esta língua falada nas igrejas, não é um Dom, ao contrário das profecias que é um Dom espiritual. Pois a meu ver os Dons Espirituais mencionados pelo Apóstolo Paulo em I Co. 12: 1 – 11 é de Deus para o homem, e é uma manifestação do Espírito Santo através do Espírito do homem para a edificação da igreja e de todos os homens, ao contrário das línguas estranhas, que é do homem para Deus e edifica a vida somente daquele que fala. I Co. 14: 2 e 4.

Já a Interpretação de línguas, o Discernimento de Espírito, Profecias, Ciência, Sabedoria, Fé, Milagres, Curas e a Variedades de línguas, são Dons, e são únicos e são atuações do Espírito Santo no Espírito do crente, e para utilidade da igreja e para glória de Deus. Is. 42: 8.

No meu entender e ao contrário do que muitos pensam, a variedades de línguas não é a mesma língua falada nas igrejas, a variedade de línguas é um Dom muito raro, mas existe, e alguém que consegue falar em línguas de várias nações sem ter estudado.

Quando algum estrangeiro estiver na igreja e não entende nada do que está sendo pregado, ou alguma profecia que venha para ele, aquele que tem o Dom de Variedades de línguas, traduz para ele, para que o Senhor seja glorificado I CO. 14: 25, semelhante ao que aconteceu no derramar do Espírito Santo no dia de Pentecoste. Atos. 2: 1 – 12.
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LOTERIAS ?

Deve o Cristão Apostar na Loteria?

A Loteria - Podemos usá-la para a glória de Deus?
Será que é errado pensar em jogar na loteria? Quero dizer, eu não quero riquezas por mim mesmo, mas para a minha família, a obra de Deus, as obras de caridade na minha cidade, e, bem, se eu quisesse tudo somente para mim, um cristão, isto seria ruim? Vamos comparar esse assunto com os princípios Bíblicos. Se levemos “cativo todo o entendimento à obediência de Cristo” nos faremos uma bênção para nós mesmos (II Cor 10:5).


Trabalhar é necessário
Quando o homem estava no jardim do Éden, antes mesmo de pecar, ele era contentíssimo com a presença do Senhor na viração dos dias e com todas as suas necessidades supridas abundantemente. Viver para a glória de Deus era a sua felicidade maior. Mesmo assim, sim, antes do pecado, o homem trabalhava. Adão tinha a ordem divina de “lavrar e guardar” o jardim onde o Senhor o pôs (Gên. 2:15). Isso era a sua responsabilidade e necessitava esforço e obediência. Lembramo-nos que foi Adão que colocou o nome em todos os animais também (Gên. 19), e isso não deveria de ser um piquenique. Mas, apesar da responsabilidade e a necessidade de fazer esforço, o trabalho não era lhe pesado. O trabalho somente tornou pesado quando o homem pecou. Foi naquela circunstância que o trabalho tornou a ser uma necessidade, e, uma necessidade constante.

A sentença divina que veio por causa do pecado foi: “no suor do teu rosto comerás do teu pão” (Gên. 3:19). Isso “porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore do que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causas de te, com dor comerás dela todos os dias da tua vida” O princípio divino sobre a necessidade de trabalhar para comer não somente começou na hora do surgimento do pecado, quanto continuou até os dias do Novo Testamento pois Paulo, pelo Espírito Santo, escreveu: “Porque, quando ainda estávamos convosco, vos MANDAMOS isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (II Tess. 3:10).

Que tal maldição continua até os nossos dias não deve ser uma surpresa pois Deus declarou no dia da maldição, “com dor comerás dela TODOS OS DIAS DA TUA VIDA”. O pecado de Adão trouxe todos nós a sermos pecadores (Rom 5:12). A maldição que Adão receber, nós recebemos juntamente. O princípio do trabalho-comer é para nós ainda hoje. A loteria não submete-se à essa necessidade.

“A riqueza de precedência vã diminuirá, mas quem a ajunta com o próprio trabalho a aumentará.” Prov. 13:11

A loteria reflete o desejo eterno do homem livrar-se dos efeitos do pecado em sua vida, ou, melhor, em viver como não haja ordem superior sobre ele. A loteria alimenta a idéia errônea que podemos ter algo de valor com boa consciência, sem trabalhar ou suar por ele. A nossa natureza pecaminosa já compra essa idéia na primeira apresentação pois temos um coração enganoso (Jer 17:9). Os que têm uma nova natureza por Cristo já lutam contra a carne (Gal 5:17) e por isso raciocina que pode fazer algo que é contra o princípio bíblico de somente ganhar através do trabalho e usar tal fruto do pecado para a glória de Deus (Rom 3:8). E, é verdade que queremos crer que podemos fazer o bem enquanto nos ocupamos com o que Deus não abençoa! Mas não devemos nos iludir. Se não estamos obedecendo, estamos desobedecendo (Mat. 12:30).

A confiança no Senhor
O Cristão tem quem cuida de si: o próprio Senhor. A promessa de Deus é que Ele nunca nos deixará nem nos desamparará (Heb 13:5). Este Senhor bondoso e poderoso sabe o que necessita o Seu filho comprado pelo sangue de Cristo (Mat. 6:32), e, com amor, suprirá “muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos; segundo o poder que em nós opera” (Efés 3:20).

Sem dúvida Deus pode suprir as nossas necessidades de maneiras extraordinárias mas deve ser observado que é Ele que faz tais prodígios. Para nos colocar em posições comprometedoras ou em lugares questionáveis não é de praticar a fé mas é de tentar Deus (Mat. 4:6-7). Quando confiamos no poder e nas promessas do Senhor, temos verdadeiro descanso de espírito. Os que querem confiar no braço de carne, somente terão o auxílio que um braço de carne pode dar. Melhor é confiar no Senhor (II Crôn. 32:8). Para confiar no Senhor, em vez de confiar em nossas próprias capacidades, precisamos morrer a nós mesmos. É louvável tal atitude e nos conforma à imagem de Cristo (I Pedro 4:1).

O Contentamento
Um estudo sobre a loteria não seria completo sem uma menção de contentamento. A loteria não incita o crescimento nessa virtude mas contrariamente inflama os excessos das obras da carne (Gal 5:19-21). Quando Jó perdeu tudo o que tinha, a sua piedade com contentamento era louvável (Jó 1:21). Ele não culpou Deus nem correu para a sua “esperteza” para resolver a sua situação desesperadora. Ele confiou no Senhor. É assim o contentamento com piedade é ganho (I Tim 6:6). Preocupar com o dia de amanhã não é louvável pois evidencia pouca fé (Mat. 6:25-30). Não é fácil de ser contente com o que temos, mas é um alvo de crescimento para o Cristão sério. Paulo, o apostolo, pela experiência na vida Cristã, aprendeu de ser contente com o que tinha (Fil. 4:11-13). Viver com o que temos nos ensinará a termos essa virtude. Jogar na loteria nunca nos ensinará contentamento. Muito menos nos levará à piedade.

Exemplos Bíblicos
Será que os exemplos Bíblicos podem nos ensinar a participarmos na loteria? Quais exemplos Bíblicos temos dos servos de Deus ocupando-se nessa prática? O Cristão é para ser uma testemunha: uma luz nas trevas, um elemento que preserva e conserva boas qualidades na sociedade (Mat. 5:13-16). A ocupação do Cristão é de anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas paras a sua maravilhosa luz (I Pedro 2:9). Nas Escrituras Sagradas achamos louvor para os justos (II Pedro 2:7) e os fieis (I Cor 4:2; Col. 12:2; Efés 6:221; Heb 3:5) mas nunca são louvados por Deus os que confiam na sorte ou no braço de carne.

O lançar sortes na Bíblia
Apesar de tudo que foi estudado sobre a loteria pode ser que pela prática de “lançar sortes” na Bíblia alguém quisesse apoiar a loteria. Seria bom de estudar este assunto num estudo separado mas seria suficiente notar que tal prática foi usada para determinar a vontade de Deus (Lev 16:8; Atos 1:26). Hoje temos a Palavra de Deus para nos ensinar, corrigir e nos aperfeiçoar (I Tim 3:16,17) não precisando mais praticar tal costume para sabermos a vontade de Deus. O lançar sortes foi útil também para agilizar uma divisão justa (Josué 18:6-10; Neemias 11:1; Sal 22:18).

Não achamos proibição de tal prática pois é útil (Prov. 18:18). Todavia, na Bíblia, nunca temos o exemplo da loteria comum que dá prêmios em dinheiro sendo usado para este fim. O uso de sortes também foi usado biblicamente para determinar a verdade (II Sam 14:42; Jonas 1:7). A Palavra de Deus é perfeita agora e podemos usá-la para testar toda a filosofia, pregação e prática, uma maneira nobre de determinar a verdade (Atos 17:11).

Que Deus abençoe a sua vida. Se está passando por dificuldades e está sendo tentado, o conselho bíblico não é de lançar sortes mas de lançar tudo sobre o Senhor porque Ele tem cuidado de vós (I Pedro 5:7).

As tentações na carne devem nos levar a morrermos à carne e viver pela fé (Tiago 1:2-6), e, portanto, úteis. Os princípios Bíblicos não mudam com a nossa situação socio-econômica mas são imutáveis. Espere no Senhor e achará alivio em Seu tempo para a glória de Deus (Isa 40:31). O buscar o Senhor sempre tem as suas recompensas (Mat. 6:33).
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O SÁBADO

Deveriam os Cristãos Guardar o Sábado Hoje em Dia?

O Que a Bíblia Diz?
No Velho Testamento, Deus ordenou aos israelitas que santificassem o dia do sábado e não trabalhassem nesse dia. Deveriam os cristãos de hoje, também, descansar e adorar no dia do sábado? Muitos grupos religiosos (Adventistas do Sétimo Dia, por exemplo) ensinam que deveríamos. O que a Bíblia diz?

Em Êxodo 20:8-11 Deus ordenou aos judeus que guardassem o dia do sábado (veja nota 1). No Novo Testamento, vemos que as leis do Velho Testamento eram para continuar somente até a morte de Cristo. (Nas passagens seguintes, a ênfase está acrescentada para esclarecer o sentido).

Efésios 2:14-15
"Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derrubado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo um novo homen, fazendo a paz." Esta passagem mostra que Cristo aboliu a "lei dos mandamentos". Desde que a guarda do sábado era um destes mandamentos, e não foi incluída no Novo Testamento, não necessitamos guardar o sábado.

Romanos 7:4-7
"Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, e deste modo frutifiquemos para Deus. Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei, operavam em nossos membros a fim de frutificarem para a morte. Agora porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra. Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás." Esta passagem claramente diz que morremos para a lei e estamos, portanto, "libertos da lei". A lei de que Paulo falava incluía os dez mandamentos, porque no versículo 7 ele citou: "Não cobiçarás" como uma das leis. (Veja Nota 2).

2 Coríntios 3:6-11
"O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. E se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça. Porquanto, na verdade, o que outrora foi glorificado, neste respeito já não resplandece, diante da atual sobreexcelente glória. Porque, se o que se desvanecia teve sua glória, muito mais glória tem o que é permanente." Aqui Paulo está comparando o ministério da morte e da condenação com o ministério do Espírito e da justiça. O ministério da morte estava desaparecendo, mas o ministério do Espírito estava continuando. Mas qual era o ministério da morte e da condenação que estava desaparecendo? Era o ministério "gravado com letras nas pedras". Se cremos no Novo Testamento, temos que acreditar que a revelação escrita nas pedras, no Velho Testamento (os dez mandamentos), já morreu. Esta passagem afirma isso claramente.

Gálatas 3:15-5:4
Gálatas 3:19­ "Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador." Se a lei foi acrescentada até que Cristo veio, então o domínio da lei parou quando Cristo veio.

Gálatas 3:24-25­ "De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio." A lei foi nosso instrutor, para levar-nos a Cristo, mas agora que Cristo veio, "já não permanecemos subordinados ao instrutor".

Gálatas 4:1-5­ "Digo, pois, que durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo. Mas está sob tutores e curadores até ao tempo predeterminado pelo pai. Assim também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo; vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos." A lei foi dada para a infância do povo de Deus. Cristo veio para nos adotar como filhos e redimir-nos da lei.

Gálatas 4:24,31­ "Estas cousas são alegóricas: porque estas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera para escravidão; esta é Hagar.... E assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e, sim, da livre." Neste trecho, Paulo compara a lei dada no Sinai com Hagar (a mulher escrava), e a nova aliança com Sara (a esposa livre). Ele diz claramente que somos da mulher livre e não da mulher escrava. Portanto, estamos sob a nova aliança e não sob a aliança do Monte Sinai, que incluiu os dez mandamentos. Por favor, estude cuidadosamente este assunto, por completo.

Gálatas 5:4­ "De Cristo vos desligastes vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes." A conseqüência da volta para a lei é que decaímos da graça.

Hebreus 7:12­ "Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei." A lei foi mudada.

Hebreus 7:18-19­ "Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou cousa alguma) e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus." A antiga aliança foi revogada.

Hebreus 8:7-13­ "Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para segunda. E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor. Nas suas mentes imprimirei as minhas leis, também sobre os seus corações as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. Pois, para com as suas iniqüidades usarei de misericórdia, e dos seus pecados jamais me lembrarei. Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido, está prestes a desaparecer." Temos uma nova aliança. Por que voltar para a velha?

Hebreus 9:4­ "Ao qual pertencia um altar de ouro para o incenso, e a arca da aliança totalmente coberta de ouro, na qual estava uma urna de ouro contendo o maná, a vara de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança." A aliança a que ele tem se referido inclui as "tábuas da aliança": os dez mandamentos.

Colossenses 2:16-17
"Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das cousas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo." Talvez seja este o texto mais importante de toda esta discussão, porque ele claramente menciona o dia do sábado como parte da sombra que foi substituída por Cristo. (Veja Notas 3 e 4). O sábado não é, para nós, hoje, mais parte do padrão de Deus do que a conservação do festival da lua nova. Ambos foram partes da aliança do Velho Testamento, que foi substituída pela nova aliança de Cristo.

Os cristãos de hoje têm que seguir o Novo Testamento, que não ordena que qualquer dia seja completamente posto de lado como um dia de descanso, mas sim, mostra o padrão dos cristãos reunindo-se para adorar juntos nos domingos (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:1:2). (Veja Notas 5 e 6).

Nota 1: O sábado era só para os judeus.
Muitas passagens mostram que o mandamento para guardar o sábado foi dado somente aos judeus. Por exemplo:

· Êxodo 31:12-18­ "Disse mais o Senhor a Moisés: Tu, pois, falarás aos filhos de Israel, e lhes dirás: Certamente guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica. Portanto guardareis o sábado, porque é santo para vós outros: aquele que o profanar, morrerá; pois qualquer que nele fizer alguma obra será eliminado do meio do seu povo. Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao Senhor; qualquer que no dia do sábado fizer alguma obra morrerá. Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, e ao sétimo dia descansou e tomou alento. E, tendo acabado de falar com êle no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus." Aqui ele afirmou que o sábado era entre Deus e os filhos de Israel.

· Deuteronômio 5:1-3, 12­ "Chamou Moisés a todo o Israel, e disse-lhe: Ouvi, ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos falo aos ouvidos, para que os aprendais e cuideis em os cumprirdes. O Senhor nosso Deus fez aliança conosco em Horebe. Não foi com nossos pais que fez o Senhor esta aliança, e, sim, conosco, todos os que hoje aqui estamos vivos...Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o Senhor teu Deus." A aliança que incluía o dia do sábado foi exclusivamente feita com os israelitas e com ninguém mais.

· Ezequiel 20:10-12­ "Tirei-os da terra do Egito e os levei para o deserto. Dei-lhes os meus estatutos, e lhes fiz conhecer os meus juízos, os quais cumprindo-os o homem, viverá por eles. Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica." Aqueles a quem a lei do sábado foi dada foram o povo de Israel, aqueles que foram resgatados do Egito.

Às vezes, os adventistas mostram que Deus descansou no sétimo dia da criação (Gênesis 2:1-3). E daí eles deduzem que aos homens foi ordenado que guardassem o sábado desde o tempo da criação. Mas nenhuma passagem afirma isso. De fato, a primeira vez que lemos sobre homens guardando o sábado, ou um mandamento para os homens guardarem o sábado, é em Êxodo 16, depois que Moisés tinha guiado os israelitas para fora do Egito. Gênesis 2 mostra que Deus descansou no sétimo dia, mas não ordena que os homens guardem o sétimo dia. De fato, a Bíblia nunca ordenou aos gentios que guardassem o sábado ­ somente os judeus ­ desde o tempo de Moisés até Cristo.

Nota 2: Há diferença entre lei moral e lei cerimonial?
O Novo Testamento mostra que os cristãos não estão mais sob a obrigação de guardar a lei do Velho Testamento. Os adventistas e outros tentam escapar do significado destes textos, inventando a diferença entre a lei moral, que eles chamam a lei de Deus, e a lei cerimonial, que eles chamam a lei de Moisés. Normalmente, eles ensinam que a lei cerimonial foi abolida por Cristo (assim não guardamos a Páscoa nem oferecemos sacrifícios de animais) mas a lei moral ainda está vigente. Esta distinção não está na Bíblia.

A Bíblia usa as expressões lei do Senhor e lei de Moisés, sem fazer distinção, nos mesmos casos:

· 2 Crônicas 34:14­ "Quando se tirava o dinheiro que se havia trazido à casa do Senhor, Hilquias, o sacerdote, achou o Livro da Lei do Senhor, dada por intermédio de Moisés."

· Esdras 7:6­ "Ele era escriba versado na lei de Moisés, dada pelo Senhor Deus de Israel; e, segundo a boa mão do Senhor seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe concedeu tudo quanto lhe pedira."

· Neemias 8:1, 8, 14, 18­ "Em chegando o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da Porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha prescrito a Israel.... Leram no Livro, na lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia.... Acharam escrito na lei que o Senhor ordenara, por intermédio de Moisés, que os filhos de Israel habitassem em cabanas, durante a festa do sétimo mês.... Dia após dia leu Esdras do livro da lei de Deus, desde o primeiro dia até ao último; e celebraram a festa por sete dias; no oitavo dia houve uma assembléia solene, segundo o prescrito."

· Neemias 10:29­ "Firmemente aderiram a seus irmãos, seus nobres convieram numa imprecação e num juramento, de que andariam na lei de Deus, e que foi dada por intermédio de Moisés, servo de Deus; de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Deus, e os seus juízos e os seus estatutos."

Em diversas ocasiões,"mandamentos cerimoniais" eram chamados de lei do Senhor: Sacrifícios de animais, sacerdócio, dias de festas (2 Crônicas 31:3-4), a festa dos tabernáculos (Neemias 8:13-18), a consagração dos primogênitos e as oferendas para purificação depois do parto (Lucas 2:23-24). Em outras ocasiões, as leis morais eram ditas como vindo de Moisés. Por exemplo, o mandamento para honrar os pais (Marcos 7:10). Para simplificar, a distinção entre a lei cerimonial de Moisés e a lei de Deus é uma invenção da teologia adventista. Não é encontrada na Bíblia.

Nota 3: O dia do sábado de Colossenses 2:16 é o sábado semanal.
Algumas vezes, quando confrontados com Colossenses 2:16, que ensina que o dia do sábado foi uma parte da sombra que foi substituída por Cristo, os adventistas replicam que Colossenses 2:16 está se referindo aos "sábados anuais", e não aos "sábados semanais." A verdade é que o termo sábado é usado na Bíblia quase exclusivamente para os sábados semanais e é a própria palavra usada pelo Senhor quando ele deu os dez mandamentos. A única festa anual, para a qual a palavra sábado foi aplicada, é o Dia da Expiação (Levítico 16:31-32).

Olhem cuidadosamente a lista dos tipos de "sombra" em Colossenses 2:16: "comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados". Depois de mencionar comida e bebida, ele (Paulo) também menciona festas (celebrações anuais), lua nova (celebrações mensais) e sábados (celebrações semanais). [E, interessante, muitos adventistas tentam manter as mesmas regras do Velho Testamento sobre comida (estude Marcos 7:19 e Atos 10:9-16)]. Repetidamente, este agrupamento anual, mensal e semanal (às vezes diário) de festas é feito na Bíblia:

· 1 Crônicas 23:30-31­ "Deviam estar presentes todas as manhãs para renderem graças ao Senhor, e o louvarem; e da mesma sorte à tarde. E para cada oferecimento dos holocaustos do Senhor, nos sábados, nas luas novas, e nas festas fixas, perante o Senhor, segundo o número determinado."

· 2 Crônicas 2:4­ "Eis que estou para edificar a casa ao nome do Senhor meu Deus e lha consagrar, para queimar perante ele incenso aromático, e lhe apresentar o pão contínuo da proposição, e os holocaustos da manhã e da tarde, nos sábados, nas luas novas e nas festividades do Senhor nosso Deus; o que é obrigação perpétua para Israel."

· 2 Crônicas 8:13­ "E isto segundo o dever de cada dia, conforme o preceito de Moisés, nos sábados, nas luas novas e nas festas fixas, três vezes no ano: na festa dos pães asmos, na festa das semanas e na festa dos tabernáculos."

· 2 Crônicas 31:3­ "A contribuição que fazia o rei da sua própria fazenda era destinada para os holocaustos, para os da manhã e os da tarde, e para os holocaustos dos sábados, das luas novas e das festas fixas, como está escrito na lei do Senhor."

· Neemias 10:33­ "Para os pães da proposição, e para a contínua oferta de manjares, e para o contínuo holocausto dos sábados, das luas novas, para as festas fixas, e para as cousas sagradas, e para as ofertas pelo pecado, para fazer expiação por Israel, e para toda a obra da casa do nosso Deus."

· Ezequiel 45:17­ "Estarão a cargo do príncipe os holocaustos, e as ofertas de manjares, e as libações, nas festas, nas luas novas e nos sábados, em todas as festas fixas da casa de Israel: ele mesmo proverá a oferta pelo pecado, e a oferta de manjares, e o holocausto, e os sacrifícios pacíficos, para fazer expiação pela casa de Israel."

· Oséias 2:11­ "Farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, os seus sábados e todas as suas solenidades."

Paulo usa o mesmo agrupamento em Colossenses 2:16. Por que haveria alguém de torcer suas palavras para fazer com que significasse festas anuais quando ele fala de sábados?


Nota 4: O significado espiritual do sábado
O dia do sábado era uma sombra da realidade espiritual trazida por Cristo (Colossenses 2:16-17). O sábado significa descanso e libertação do trabalho: Cristo trouxe o descanso e a libertação do pecado. Jesus é o descanso para o qual a sombra do sábado apontava (Mateus 11:28-30). Mesmo a libertação e o descanso que Jesus nos dá agora são apenas uma antecipação do descanso verdadeiro que os cristãos experimentarão no céu (Hebreus 4:9).

Nota 5: Os primeiros cristãos adoravam no domingo
Duas passagens mostram claramente que os primeiros cristãos adoravam nos domingos:

· Atos 20:7­ "No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo que devia seguir de viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite." Notem que este dia era um domingo. Os adventistas argumentam que esta reunião era na noite de sábado, mas as Escrituras dizem que era no primeiro dia da semana. Notem também que o propósito da reunião deles era partir o pão. Nesse trecho, e referindo a outras passagens (Atos 2:42; 1 Coríntios 10:16; 11:18-34), está claro que isto se refere à Ceia do Senhor. Os adventistas argumentam que eles se reuniram porque Paulo partiria no dia seguinte, mas o trecho diz que eles se reuniram para partir o pão.

· 1 Coríntios 16:1-2­ "Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for." Os primeiros cristãos, aqui, contribuíam com seu dinheiro no primeiro dia da semana. Por que seria feita a coleta no domingo, se os cristãos não se reunissem nesse dia?

Nota 6: Respondendo a objeções
· Jesus guardou o sábado. Certamente que sim. Jesus era um judeu nascido sob a lei (Gálatas 4:4) e portanto obedeceu a todas as leis do Velho Testamento. Jesus foi circuncidado, ordenou a entrega de oferendas ao sacerdote, pela purificação, guardou a Páscoa, etc. (Lucas 2:21; 5:12-14; Mateus 26:18-19). Mas quando Jesus morreu, ele inaugurou a nova aliança e revogou a velha. Se o fato que Jesus guardou a Páscoa não prova que nós também deveríamos guardá-la, então o fato que Jesus guardou o sábado não prova que nós deveríamos guardá-lo também.

· Paulo guardou o sábado. As Escrituras não ensinam isto. Havia um número de ocasiões em que Paulo ensinou em sinagogas, no sábado (Atos 18:4, por exemplo). O sábado era o dia quando as pessoas se juntavam na sinagoga e Paulo aproveitou-se dessas oportunidades para ensinar muitas pessoas. Se eu tivesse permissão para ensinar lá, eu haveria de ir a assembléias adventistas todos os sábados. Mas a ida de Paulo às sinagogas, para ensinar no sábado, não prova que ele guardou o sábado como um dia santo de descanso.

· Para sempre. No Velho Testamento, o sábado era "por aliança perpétua nas suas gerações" e "entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre" (Êxodo 31:16-17). Os adventistas argumentam que estes termos mostram que a guarda do sábado semanal nunca terminará (descansaremos no céu, também?). Mas o verdadeiro significado de "para sempre" e "perpétua", neste trecho, é limitado por "nas suas gerações". Estas expressões significam "duração de uma era". Outros mandamentos do Velho Testamento foram "para sempre": por exemplo, a Páscoa (Êxodo 12:24). Muitos mandamentos do Velho Testamento foram "perpétuos": a queima do incenso (Êxodo 30:21), o sacerdócio Levítico (Êxodo 40:15), as ofertas de paz (Levítico 3:17), a parte dos sacerdotes nos sacrifícios (Levítico 6:18, 22; 7:34, 36), o sacrifício anual de animais pela expiação dos pecados (Levítico 16:29, 31,34), etc. Os adventistas, normalmente, não ensinam que sacrifícios de animais, queima de incenso ou a guarda da páscoa têm que ser continuados hoje; porque, entã, deveriam eles argumentar que a guarda do sábado tem que ser continuada hoje?

· Jesus não veio para revogar a lei. Mateus 5:17-18 diz: "Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar; vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra." Neste trecho, Jesus está ensinando que seu propósito não era contra a lei. Ele não veio para demolir ou destruir a lei. De fato, Ele era o cumprimento da lei. A lei predisse a vinda de Cristo e a nova aliança que ele haveria de trazer. Esta passagem não está, certamente, ensinando que cada "i" ou "til" da lei obrigaria para sempre; nem os adventistas afirmam isso. Mas em vez disso, que toda a lei e os profetas haveriam de desempenhar suas funções propostas, até o seu cumprimento.

· Jesus disse para orarem para que sua fuga não fosse no sábado. Mateus 24:20 diz: "Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado." Nesse trecho, Jesus estava considerando a iminente destruição de Jerusalém. Ele deu aos seus discípulos o sinal pelo qual eles poderiam saber quando a hora de fugir houvesse chegado. E ele os aconselhou a orar para que sua fuga não viesse em um tempo difícil. Havia várias razões porque seria mais difícil fugir no sábado. Normalmente, os judeus trancavam as portas da cidade no sábado, e poderiam ser impedidos em sua fuga por judeus fanáticos; o sábado dificultaria a capacidade dos cristãos para comprar os mantimentos necessários para a fuga. Quando Jesus os avisou para que orassem para que a fuga não fosse num dia de sábado ou no inverno, ele não estava admitindo que os cristãos deveriam guardar o sábado, mais do que deveriam guardar o inverno.

· O papa mudou o sábado. Quando os argumentos da Bíblia lhes falham, os adventistas gostam de tentar provar que os primeiros cristãos guardavam o sábado, mas que esta guarda foi mais tarde mudada para o domingo, pela igreja católica. Mesmo descontando a evidência da Bíblia, esta afirmação pode ser desmentida historicamente. Tanto Inácio como Justino Mártir se referem aos cristãos adorando no domingo e eles escreveram no segundo século, muito antes de haver um papa ou uma igreja católica. Mas pesquisar através de documentos históricos é desnecessário. A Bíblia decide a questão e isso deveria ser suficiente para aqueles que têm fé em Deus.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A CRUZ E A PONTE


A CRUZ E A PONTE

Certa vez um homem foi visitado pôr um certo anjo do senhor. Este anjo disse a ele: eu vim trazer a sua cruz para que você possa carregá-la na sua jornada. Ele pegou a cruz e seguiu. Quando ele já estava bem adiante de sua jornada, ele encontrou um homem que disse a ele o seguinte: "- como vai, tudo bem? O que você está fazendo com esta cruz aí? Está maluco? Ela deve ser muito pesada. E o outro respondeu: "- não estou maluco não, cada um deve carregar a sua cruz. Mas ela realmente é pesada."

"- então por que você não corta um pedaço do pé da cruz? Vai ficar mais leve."

"- eu não posso fazer isso, é a minha cruz, eu tenho que carregá-la."

"- que besteira, isso é besteira. Corta só um pedacinho, ninguém vai saber. Assim vai ficar mais leve para você carregar." E o homem o convenceu de cortar um pedaço.

"- viu, não ficou mais leve?"

"- é, você tinha razão, só um pouco não vai fazer mal." E ele continuou seguindo sua jornada. Bem mais lá na frente de sua longa caminhada eis que ele encontra novamente aquele homem.

"- como vai? Você continua carregando isso aí? Achei que tivesse desistido."

"- sim, eu continuo carregando a minha cruz."

"- mas ela deve estar muito pesada. Por que você não corta mais um pouco? Vai ficar mais leve."

"- é, pode ser, não doeu nada da outra vez."

"- vamos cortar. Só que vamos cortar um pouco mais pra ela ficar bem mais leve né?"

Ele concordou em cortar e depois seguiu sua jornada.

Muito tempo depois ele avista a cidade maravilhosa, cheia de ouro, pedras preciosas, prata. Era a visão mais maravilhosa que ele já teve em
toda a sua vida. Era tão iluminada que não precisava do sol. Brilhava tanto... Quando sem esperar ele se depara com um abismo e ele não entendeu o porquê do abismo. E tamanho era o desespero que ele começa a gritar e gritar e gritar:

"- socorro, me ajudem, quero atravessar, socorro alguém por favor me ajude, quero entrar na cidade!!!"

Cansado de tanto gritar, ele vê do outro lado do abismo o anjo, aquele
que lhe entregou a cruz. E o anjo pergunta a ele: "- o que você está fazendo aí do outro lado? Por que você ainda não atravessou?"

"- como? Não vê o abismo que nos separa?"

"- sim vejo", respondeu o anjo.

"- então, como que eu vou atravessar?"

"- onde está a ponte que eu te entreguei?"

"- que ponte? Você me entregou uma cruz e ela está comigo."

E o anjo disse: " - então coloque-a no meio do abismo, porque o tamanho dela é exato para que você possa atravessar."

Se sua cruz está pesada demais, talvez você esteja carregando ela sozinho...

Jesus Teve Irmãos?

Jesus Teve Irmãos?

De acordo com a Bíblia, Jesus teve quatro irmãos (Tiago, José, Simão e Judas) e também algumas irmãs (Mateus 12:46-50; 13:55-56; João 2:12; 7:3-10; Atos 1:14; 1 Coríntios 9:5; Gálatas 1:19). Por causa do mito de que Maria foi uma virgem perpétua, foi inventada a teoria que estes "irmãos" de Jesus são, de fato, apenas primos. Esta explicação é conveniente, mas contrária à evidência. Esta palavra "irmão" é usada 346 vezes no Novo Testamento e nunca significa "primo". Havia uma palavra para primo, usada em Colossenses 4:10, mas não é a que foi usada nos textos acima. É verdade que a palavra "irmão" é usada para a irmandade espiritual, mas todas as vezes que "irmão" é usada no Novo Testamento para uma relação de família física, ela simplesmente significa irmão. Se irmão significasse primo, em Lucas 8:19-21, Jesus estaria dizendo que sua mãe e seus "primos" eram aqueles que ouvem a palavra e a cumprem.

Toda esta controvérsia é reflexo de uma tendência a dar a Maria uma honra indevida. Muitos pensam que Maria tinha e ainda tem uma influência especial sobre Jesus e que ela pode ser uma mediadora entre nós e Jesus. Mas veja quantas vezes, na Bíblia, Jesus mostrou que Maria não tinha uma capacidade especial para persuadi-lo. 1. Quando foi dito a Jesus que sua mãe e irmãos o estavam procurando, ele respondeu que considerava como sua mãe e irmãos verdadeiros aqueles que o obedecem (Mateus 12:46-50; Marcos 3:31-35; Lucas 8:19-21). 2. Quando a mãe de Jesus sugeriu que a falta de vinho na festa de casamento seria uma boa hora para declarar-se o Messias, ele recusou sua sugestão dizendo: "Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora" (João 2:4). 3. Quando uma mulher na multidão disse a Jesus: "Bem-aventurada aquela que te concebeu e os seios que te amamentaram", Jesus respondeu: "Antes bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam". Paulo concluiu em 1 Timóteo 2:5 que há "um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus".

Maria parece ter sido uma mulher boa, uma discípula fiel (Atos 1:4). Mas não tem nenhum poder especial para persuadir Jesus e não foi uma virgem perpétua (Note também Mateus 1:25; Lucas 2:7). Jesus foi criado em uma família com mãe, irmãos e irmãs (Marcos 6:3).

sábado, 9 de novembro de 2013

PLANOS DE DEUS


Deus Pode Usar Pessoas com Falhas
Para Cumprir Seus Planos?

Se é bem-sucedido, obviamente vem de Deus. Certo? Se traz benefício espiritual, não resta dúvida! É assim que muitas pessoas julgam pessoas e obras dos homens, imaginando que o fim justifique o meio, e até prove a aprovação de Deus das pessoas usadas para o bem dos outros. Deus pode usar pessoas com falhas para cumprir seus planos? Ele pode permitir que alguém sirva para ajudar outros, e ainda reprovar aquele mensageiro?

As aplicações deste raciocínio são muitas. Alguns justificam o adultério porque Davi era homem segundo o coração de Deus (Atos 13:22). Outros defendem práticas erradas nas igrejas (mulheres pregando, todo tipo de show musical, atividades de entretenimento, apelos materialistas, etc.) porque servem para encaminhar algumas pessoas para Cristo. Num mundo de marketing e comércio, não deve nos surpreender que o “lucro” no final da folha de balanço se torne o único medidor importante.

Mas o estudo da palavra deixa bem claro que o julgamento de Deus é outro. Ele frequentemente usa pessoas com falhas, e até atos errados destas pessoas, para cumprir seus planos. Jamais devemos distorcer este fato para justificar o erro. Considere:

Perez era filho de Judá e Tamar, e se tornou antepassado de Jesus (Mateus 1:3). Mas a relação deles envolvia promessas quebradas, engano e prostituição (veja Gênesis 38). Deus usou estas pessoas, mas não aprovou os pecados delas. A genealogia de Deus inclui adúlteros, assassinos, idólatras, etc. Deus usou pessoas com falhas para trazer Jesus ao mundo!

Deus pode usar o pecado do homem para cumprir seus planos, mas isso não justifica o erro. Os irmãos de José pecaram nas suas más intenções, mas Deus usou o erro deles para salvar uma nação (Gênesis 50:20). Judas pecou, mas Deus usou sua traição para um fim proveitoso (Mateus 26:24).Os judeus mataram Jesus, mas Deus usou este pecado para cumprir seus planos (Atos 3:13-19).


Se refletir um pouco, perceberá que Deus constantemente usa pessoas com falhas para cumprir seus propósitos, porque ele trabalha por meio de pessoas imperfeitas – como você e eu! Ele escolheu sacerdotes imperfeitos (Hebreus 7:23,27), apóstolos imperfeitos (2 Coríntios 4:7; Gálatas 2:11; Filipenses 3:12), etc.

O fato de alguém servir para pregar a verdade aos outros não significa que a própria pessoa necessariamente chegará ao céu (1 Coríntios 9:27). Cada um será julgado pelo reto Juiz (2 Coríntios 5:10; João 12:48).

ANJOS


O que diz a Bíblia a respeito dos anjos?

Resposta: Anjos são seres espirituais, que têm inteligência, emoções e vontade. Isto é verdadeiro tanto para anjos bons quanto para anjos do mal. Os anjos possuem inteligência (Mateus 8:29; II Coríntios 11:3; I Pedro 1:12), demonstram suas emoções (Lucas 2:13, Tiago 2:19; Apocalipse 12:17) e demonstram que têm vontades (Lucas 8:28-31; II Timóteo 2:26; Judas 1:6). Os anjos são seres espirituais (Hebreus 1:14), sem um corpo físico real. O fato de não terem corpos não muda o fato de terem suas personalidades (o mesmo ocorre com Deus).

O conhecimento dos anjos é limitado por serem criaturas. Isto significa que eles não sabem tudo o que Deus sabe (Mateus 24:36). Entretanto, parece que têm um conhecimento maior do que os humanos. Isto pode ocorrer por três razões: (1) Os Anjos foram criados como uma ordem superior de criaturas no universo, em comparação aos seres humanos. Por este motivo, é de sua natureza possuir maior conhecimento. (2) Os anjos estudam a Bíblia e o mundo de forma mais completa que os humanos e assim obtêm conhecimento (Tiago 2:19; Apocalipse 12:12). (3) Os anjos adquirem conhecimento através da longa observação das atividades dos seres humanos. Diferentemente dos humanos, os anjos não têm que estudar o passado; eles o viveram. Assim, sabem como os outros agiram e reagiram em determinadas situações e podem então prever com grande exatidão como nós vamos agir em circunstâncias parecidas.

Apesar de terem vontade, os anjos são, como todas as criaturas, sujeitos à vontade de Deus. Os anjos bons são enviados por Deus para ajudar os crentes (Hebreus 1:14). A seguir, algumas atividades que a Bíblia atribui aos anjos:

A. Eles louvam a Deus (Salmos 148:1,2; Isaías 6:3).
B. Eles adoram a Deus (Hebreus 1:6; Apocalipse 5:8-13).
C. Eles se regozijam nos feitos de Deus (Jó 38:6-7).
D. Eles servem a Deus (Salmos 103:20; Apocalipse 22:9).
E. Eles se apresentam perante Deus (Jó 1:6; 2:1).
F. Eles são instrumentos dos julgamentos de Deus (Apocalipse 7:1; 8:2).
G. Eles trazem respostas às orações (Atos 12:5-10).
H. Eles ajudam a ganhar pessoas para Cristo (Atos 8:26; 10:3).
I. Eles observam a ordem cristã, obra e sofrimento (I Coríntios 4:9; 11:10; Efésios 3:10; I Pedro 1:12).
J. Eles dão encorajamento em tempos de perigo (Atos 27:23-24).
K. Eles cuidam dos justos no momento da morte (Lucas 16:22).

Os anjos são de uma ordem completamente diferente da dos humanos. Os seres humanos não se tornam anjos após a morte. Os anjos nunca se tornam e nunca foram seres humanos. Deus criou os anjos da mesma forma que criou a humanidade. Em nenhum lugar a Bíblia afirma que os anjos foram criados à imagem e semelhança de Deus, como foram os humanos (Gênesis 1:26). Os anjos são seres espirituais que podem, até certo ponto, assumir forma humana. Os humanos são basicamente seres físicos, mas com um aspecto espiritual. A maior coisa que podemos aprender dos anjos é sua obediência instantânea e sem questionamentos às ordens de Deus.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Batalha Espiritual


Batalha Espiritual

Espero com esse estudo que você possa encontrar libertação e vitória que há na Palavra de Cristo Jesus.

O que é Batalha Espiritual? É simplesmente um confronto de palavras que acontece dentro da sua mente. Sugestões que o diabo trás, e palavras de poder que o Espírito de Deus também trás, para te levar a ter uma vida e vida com abundância. Como Jesus diz em ( Jo 10:10).O diabo não veio senão a roubar matar e destruir mas que Ele veio para que tenhamos vida e vida em abundância.

A mente do ser humano é o campo de batalha espiritual, por isso é que nós encontramos casos de pessoas que hoje se encontram em depressões, oprimidas, casos de suicídios e assassinatos também. Pais que matam ou estupram filhos e por ai vai. Eu sei que os relatos são fortes, mas você não sabe o que uma mente dominada por satanás é capaz de fazer. Pedro em (1 Pe 5:8) Diz que: O diabo está ao derredor como um leão que ruge procurando a quem possa tragar. O que ele deseja é estar no domínio da pessoa, e das situações relacionadas a ela.

Em Efésios cap.6:17, o apóstolo Paulo fala sobre a armadura de DEUS e diz no v.17, “tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de DEUS”. Com isso vemos que a função do capacete é proteger uma das áreas mais sensíveis do homem.


A cabeça quando sofre uma queda, e imagine essa queda na mente, interferindo no entendimento e afetando as suas ações. Por isso é necessário tomar conhecimento, dia após dia, da Palavra de DEUS (João 5:39), para que cada vez mais, você com o Espírito de Deus possa sair vencedor nesta batalha espiritual. Lembrando sempre que sem o Espirito Santo nada pode ser feito e não há vitória sem a Palavra de DEUS. Ela é a proteção da nossa mente, fazendo com que tenhamos uma mente forte e sadia, pois é a mente o alvo número um de satanás quando quer escravizar e dominar o homem.

Por exemplo:
Depressão: É quando a mente do ser humano recebe informações do diabo, de que precisa viver trancada, sufocada. De que algo ruim vai te acontecer a qualquer momento.Tudo e todos estão conspirando contra você. Você está sofrendo ameaças e vai morrer a qualquer momento. Essas são algumas das sugestões que o diabo lança quando quer prender o ser humano na depressão. Prender a mente, mantê-la dentro de um terrível cativeiro. Mas a Bíblia diz que “se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8:36).

Para cada sugestão do diabo na sua mente, o Espírito Santo trás uma Palavra que destrói e aniquila o efeito que ela possa ter. Pois Ele nos ama e sabe do que precisamos. Agora, cabe a nós crermos e entendermos que não podemos viver sem Ele, o Espírito de Deus. Se o diabo diz que você não pode, o Espírito Santo diz que com Deus todas as coisas te são possíveis. Se Ele diz que tu não vai conseguir, o Espírito Santo diz que vai te ajudar. Se satanás fala que vai te destruir, o Espírito Santo diz que maior é o que está contigo do que os que estão com eles. Creia, você vai conseguir pelo poder da Palavra de Deus! Essas cadeias serão partidas hoje, no nome do Senhor Jesus.

Pânico: É a sugestão que satanás trás, de que algo vai te acontecer a qualquer momento, e você não conseguirá escapar. Essa seta tem como alvo levar a pessoa ao suicídio. Fazendo-as acreditar que não há razão para viver mais, que todos conspiram contra ela, e o melhor a fazer é se matar; mas o Espírito Santo te diz que o melhor é você ter uma experiência com esse Deus maravilhoso, que te ama e quer fazer você desfrutar de uma vida maravilhosa que só Ele pode te dar. Disse Jesus aos seus discípulos: “Não são do mundo como Eu do mundo não sou”. O mundo é um sistema que está sob o domínio de satanás, portanto, jaz no maligno. A mentira por exemplo, é do diabo, pois Jesus falou que ele (o diabo) é o pai da mentira. A morte, também é do diabo, pois ele é homicida desde o principio. O roubo? Do diabo, pois ele é ladrão e quer roubar o domínio da sua mente e sucessivamente do seu corpo. Quer te controlar por completo. Mas nessa hora, peça ao Espírito do Senhor que te domine por inteiro, corpo, alma e espírito, mente e coração.

Suicídio: Quantas pessoas recebem setas na sua mente que as levam ao suicídio. Essas setas fazem a pessoa achar que para ela não tem jeito.Tem para todo mundo, menos para ela. O seu problema é diferente do das outras pessoas. Que a sua situação é irreversível e o melhor é se matar o mais rápido, pois está prejudicando e fazendo sofrer seus entes queridos. Acredite amigo (a), o Espírito de Deus te diz agora: Não há impossível para Deus (Lc 1: 37). Ele te ajuda! A saída está em Jesus (Jo 14: 6) e Ele , só Ele, pode te conduzir ao Pai. Acredite! Deus marcou esse dia na sua vida para ser liberto. Agora, aí mesmo onde você está . Faça uma oração e receba a libertação do Espírito de Deus na sua mente e palavras de poder do Senhor para desfazer essas obras do diabo (1 Jo 3:8).

O Alvo: A mente do ser humano é o alvo preferido do diabo para poder dominá-lo, e fazê-lo escravo. Lembre-se sempre, que é com palavras que esse confronto é travado. Sempre palavras e somente palavras. Quero deixar bem claro isso! Aprenda a ouvir Deus e rejeite a voz e as sugestões do diabo. Aí está a batalha espiritual. Confronto de palavras na mente do ser humano. A quem você ceder, torna-se seu Senhor. Dê ouvido ao Espírito de Deus e deixe ele ser Deus em sua vida e seu Senhor. Deus quer agora, nessa hora, limpar a sua mente de todas as sugestões do diabo .(Jo 13:6,8,9).

Cuidado! Têm muitos “espertos” ganhando rios de dinheiro com livros sobre batalha espiritual e confundindo. No lugar de esclarecer as pessoas , lendo essas coisas confusas por ai, ficam mais confusas ainda. Mas creio que hoje a libertação chegou a você! Batalha espiritual é o confronto de palavras na mente. É só isso! É simples, mas porem perigosíssimo! Se você não se preocupar, a coisa pode chegar a proporções terríveis. E se não houver uma intervenção do Espírito de Deus, a pessoa pode parar em um hospício, viver como um vegetal ou ser levada até a morte.

Já Blasfemei Contra o Espírito Santo?


Já Blasfemei Contra o Espírito Santo?

Por muito tempo rodeie este assunto. Primeiramente o que me veio foi o discernimento que eu poderia “falar” algo que pudesse ultrajar o Espírito Santo. Porém, muitas perguntas ficavam sem resposta. Ler o capítulo 12 de Mateus e sinópticos foi o que fiz por anos sem chegar a um discernimento que me deixasse sem perguntas. Resolvi abrir o leque para o VT e configurá-lo com o NT e encontrei a resposta que tanto procurava.

Na Torá, nas questões de convencimento do pecado, eram feitas a partir de atos flagrantes. Em nossa Lei está previsto, que ninguém pode construir provas de crime contra si mesmo e esta jurisprudência vem do Pentateuco, assim também no judaísmo, ninguém se oferecia para dizer que havia pecado. Portanto, as punições só eram realizadas por meio de situações em que houvesse dolo e que este fosse sentido e percebido por terceiros.

Olho por olho, dente por dente!
Os escribas e fariseus que disputavam com Jesus a cerca das curas e libertações, estavam entrando numa dimensão onde a origem ou responsabilidade pela cura ou libertação era "sem flagrantes", onde não podia se discernir, de fato, o agente que operava tais "movimentos". Algumas curas e libertações que Jesus fez seriam as comprovações visíveis que o Messias estava entre eles.

Na questão da lepra, p.ex., havia a lei a cerca da lepra (cerimonial) mas não há um registro sequer que um judeu tenha feito uso do cerimonial dela (apresentar-se ao sacerdote e oferecer a oferta estipulada) pois nenhum Judeu havia sido curado dela por ação divina!

Curar um cego de nascença, fazer um mudo falar (espírito mudo) são sinais da manifestação do Messias entre os Judeus.

Outra coisa, o Deus trino (Pai, Filho e Espírito Santo) não era previsto nos ensinos Judaicos, apenas o "Eu sou" era adorado e exaltado. Quando Jesus introduz a pessoa do Espírito Santo ele faz menção da profecia de Ezequiel 36:27:

"Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis".

Esta manifestação era algo inusitado para os Judeus. O Emanoel (Deus conosco ou dentro em nós) era algo sem entendimento. Daí o espanto deles em ouvir que Jesus era filho de Deus ou que operava sinais pelo dedo de Deus (Espírito Santo). Onde eu quero levar este assunto? Simples!

Não é o que dizemos para alguém que tem o Espírito Santo que podemos ser levados a praticar o pecado da blasfêmia contra Espírito Santo. Jesus já deixou claro que isto tem perdão! O Espírito Santo veio operar em nós. É no ente que toda a ação dEle se manifesta. Quando o Espírito Santo se move em nós e dizemos que este mover é do diabo isto sim é blasfemar contra o Espírito Santo.

Quando não acreditamos na pessoa do Espírito Santo como um ser divino e real, e ELE quer nos convencer de pecado, nos fazer flagrante diante de nós mesmos, e dizemos que é o diabo que está operando e quer nos convencer, pois não acreditamos na pessoa real dEle, estamos pecando contra o Espírito Santo, ultrajando o Espírito da Graça. Se eu não posso ser convencido de pecado como poderei perdoar os pecados ou ofensas de alguém?

Os escribas e fariseus condenaram Jesus por perdoar os pecados do paralítico e disseram: Um homem não pode perdoar pecado de outro homem, só Deus pode fazê-lo!

Hoje, pelo Espírito Santo que em nós habita, somos convencidos de pecados e perdoamos os pecados de alguém que pecou contra nós. No AT esta ação só podia ser feita por meio de sacrifícios ou de restituição por pagamentos. Sem a Lei e o Templo não se podia responder pela ofensa de alguém.

Daí vem o entendimento de Hb 6:4-6:
"Porque é impossível que os que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial (o perdão dos pecados), e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; visto que, quanto a eles, estão crucificando de novo o Filho de Deus, e o expondo ao vitupério".

O livro aos Hebreus fala das figuras e cerimoniais que as ofertas de sacrifícios eram feitas para restaurar a Paz entre homens e Deus e entre homens e homens. Portanto, qualquer pessoa que depois de ter experimentado a purificação da culpa (consciência) por meio do Espírito Santo no Evangelho, e retroceda em crer que somente sangue de animais pode purificá-lo, cai da justificação pela fé e volta na justificação pelas obras, assim, diz o texto, é impossível que ele seja novamente renovado para arrependimento visto que ultrajou o Espírito Santo da Graça e Este não pode mais convencê-lo do contrário.

Blasfêmia contra o Espírito Santo é algo que praticamos contra o Espírito Santo que está em nós, a nos convencer de algo, e por não crermos na obra dEle, visto que não O aceitamos como ser divino e que Ele seja Deus em nós, dizemos que é uma ação ou movimento operado pelo diabo ou por demônios. Cremos em demônios, na existência deles, mas não cremos na existência do Espírito Santo. Só conseguimos perdoar o pecado ou a ofensa de alguém por convencimento do Espírito Santo. Só Ele pode me convencer do meu pecado e me levar a perdoar a ofensa que alguém praticou contra mim.

Há pecado que é para morte e este digo que não façam orações nem intercessões, visto que se alguém não perdoa é porque nunca se sentiu perdoado por Deus, pois não crê na obra do Espírito Santo sobre ele. Tudo isto não é simples. É complicado mesmo, e muitas mentes ainda não conhecem o Evangelho, mas para nós que conhecemos é de fácil entendimento.

Irmãos em Cristo...o que nos une? O que faz de nós um com Jesus Filho e com Deus Pai? Não é o AMOR? Paulo nos escreve o seguinte sobre o AMOR em Romanos 5:5

"... e a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado".

Até o pentecostes o AMOR de Deus ainda não havia sido derramado sobre toda a carne. A obra do Filho é:
"O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; a ordenar acerca dos que choram em Sião que se lhes dê uma grinalda em vez de cinzas, óleo de gozo em vez de pranto, vestidos de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado".

Toda palavra proferida contra esta obra do Filho: restaurar, libertar, curar (alma e corpo) é possível ser perdoada se alguém disser que foi feita pelo poder de Belzebu.
Já a obra do Espírito Santo é:

"E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais, e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado".


Ultrajar esta obra não tem perdão. Como posso ultrajar o que faz o Espírito Santo? Ele quer nos convencer de algo assim:

"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas". O Espírito Santo também é chamado de o Espírito da Graça. Porque pela graça, perdão de Deus que está em Jesus, todas as ofensas foram purificadas. Quando não perdôo estou rejeitando o que recebi (O Perdão de Deus) que me foi dado através do AMOR derramado em meu coração. Só perdoa quem efetua AMOR na vida. Quando resisto ao AMOR não perdôo. Resistir a este AMOR é ultrajar o Espírito Santo.

Portanto digo, que quando alguém não perdoar o seu próximo não orem por ele. Porque AMAR é vida e Odiar (não amar) é morte. Tem pecado que não é para a morte e podemos orar a cerca dele. Mas tem um pecado que é uma decisão de morte, para este digo que ninguém ore, pois não tem como um ente ir para a sepultura “salvo”, quando ele mesmo já tem rejeitado a salvação pela mesma salvação que ele dizia ter sido salvo, que é a Graça de Deus e o perdão de Deus que está em Cristo Jesus.

"Por isso o reino dos céus é comparado a um rei que quis tomar contas a seus servos; e, tendo começado a tomá-las, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos; mas não tendo ele com que pagar, ordenou seu senhor que fossem vendidos, ele, sua mulher, seus filhos, e tudo o que tinha, e que se pagasse a dívida. Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, tem paciência comigo, que tudo te pagarei. O senhor daquele servo, pois, movido de compaixão, soltou-o, e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem denários; e, segurando-o, o sufocava, dizendo: Paga o que me deves. Então o seu companheiro, caindo-lhe aos pés, rogava-lhe, dizendo: Tem paciência comigo, que te pagarei. Ele, porém, não quis; antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo, pois, os seus conservos o que acontecera, contristaram-se grandemente, e foram revelar tudo isso ao seu senhor. Então o seu senhor, chamando-o á sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste; não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, assim como eu tive compaixão de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse tudo o que lhe devia. Assim vos fará meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão".

As Crianças Nascem no Pecado?


As Crianças Nascem no Pecado?

Muitos grupos religiosos ensinam que o pecado é herdado e que, portanto, as crianças nascem em pecado. Esta doutrina forma a base para a prática do batismo das crianças e para o conceito da Imaculada Conceição de Maria.

A Bíblia ensina que o pecado não é hereditário. O pecado é uma violação da lei de Deus (1 João 3:4). O pecado é cometido, não é herdado. Ezequiel simplesmente diz que "o filho não levará a iniqüidade do pai" (Ezequiel 18:20). Um homem tem que dar conta a Deus de suas próprias ações e não daquelas feitas por qualquer de seus ancestrais (Romanos 2:6; 14:12; 2 Coríntios 5:10)

A Bíblia ensina que as crianças são sem pecado e que, para entrar no reino de Cristo, temos que nos tornar como uma criancinha, de novo (Mateus 18:1-4; 19:13-15). Paulo falou de um tempo quando ele estava vivo, antes que o pecado entrasse em sua vida (Romanos 7:9). Moisés falou de crianças que não conheceram nem o bem nem o mal (Deuteronômio 1:39). Cristo nasceu de uma mulher e se tornou como seus irmãos em tudo, entretanto ele não foi maculado pela culpa do pecado. Se o pecado fosse hereditário, Jesus teria nascido um pecador (veja Hebreus 2:14-18; 4:15). Quando uma criança cresce, chega o tempo em que ela é atraída por seu próprios desejos, é tentada e peca (Tiago 1:14-15). Nesse tempo ela é culpada de pecado diante de Deus e necessita da salvação. Antes disto, as crianças são puras, sem pecado e seguras aos olhos de Deus.



As doutrinas que vêm desta idéia não são bíblicas. As crianças nunca foram batizadas, no Novo Testamento. Somente aquelas que pudessem crer e se arrepender eram pessoas preparadas para o batismo (Atos 2:38; 8:12: 18:8, etc.) A doutrina da Imaculada Conceição de Maria (que diz que, por milagre, ela nasceu sem a culpa do pecado de Adão) foi inventada para escapar da conseqüência, que Jesus nasceu culpado de pecado. Mas as Escrituras, em lugar nenhum, insinuam que o nascimento de Maria fosse de algum modo fora do comum. Jesus nasceu sem pecado porque todos os homens nascem sem pecado.

Os infantes estão em segurança; eles não têm pecado.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A Vida Cristã Comparada a Uma Árvore


A Vida Cristã Comparada a Uma Árvore

'Será como uma árvore plantada junto a ribeiros de águas a qual dá seu fruto na estação própria e cujas folhas não caem e tudo quanto fizer prosperará'. Salmos 1:3

A raiz
No sentido espiritual, fala da profundidade da vida cristã arraigada e sobre - edificada em Cristo ( Cl 2:6, Gl 4:19, Hb 12:15, Dt 29:18).

Caule
isto representa a estrutura espiritual de uma vida cristã equilibrada sobre o fundamento, que é Cristo (! Sam12:1-4).

Folhas
As folhas são a expressão da árvore, assim como as palavras a expressão de um caráter (Mt5:37, 12:37; Lc 6:37-38; Gl 6:7).

Flores
Fala dos resultados de uma vida transformada pelo poder do sangue de Jesus ( Jo 15:5-8; Lc 6:43-46; Sl 103:1-2; Jo 1:47; 2 Rs 4:9).

- brilho ( Mt 5:16; Co 6:10)


- beleza espiritual ( Sl 92:12-14)
- cheiro de Cristo ( 2 Co 2:15)

Frutos
São os resultados espirituais oriundos de uma vida cristã fundamentada na palavra de Deus ( Lc 6:43-45)

Conclusão
A vida cristã enxertada na videira verdadeira é uma vida completa de:

- Firmezas Espirituais.
- Equilíbrios Espirituais.
- Comunicações Santas.
- Testemunhos exemplares.
- Frutos dignos de arrependimento.

O Que é Pecado Original?


O Que é Pecado Original?

É o pecado herdado da desobediência de Adão e Eva. O primeiro homem, como representante da raça humana, corrompeu toda a humanidade ao transgredir a lei de Deus. O Senhor Deus ordenou ao homem:

"De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás, pois no dia em que dela comeres, certamente morrerás"

A mulher, dando ouvidos à serpente, comeu do fruto da árvore proibida e cometeu o primeiro pecado da humanidade. "Como semente gera semente da mesma espécie", nós, sementes de Adão, herdamos a natureza pecaminosa. Assim, "por um só homem entrou o pecado no mundo / pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus". (Gn 2.16-17; 3.1-6; Rm 3.23; 5.12). A esperança é que se

"pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos". (Rm 5.19).


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Frequentemente, os teólogos fazem diferença entre os atos pecaminosos que cometemos e a natureza pecaminosa que temos. Todos fomos corrompidos pela queda de Adão; todos somos julgados pecadores, mesmo antes de pecarmos. O rito muito difundido do batismo infantil está relacionado com o reconhecimento dessa crença. A ideia é que uma criança recém-nascida que morre sem ter sido batizada estará perdida eternamente porque era pecadora, e se essa pecaminosidade não foi removida de alguma forma, a criança perderá a vida eterna.



Não existe apoio bíblico para essa prática, nem para a ideia de que uma criança que morrer estará automaticamente condenada à destruição. Agora, é verdade que o “pecado original” de Adão e Eva teve todas as consequências universais que afetam a todos. O pecado entrou o mundo por uma pessoa, e por esse pecado, a morte veio a “todos os homens” (Rm 5:12 ) - "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram."



6. Como o apóstolo Paulo descreve as poderosas tendências de comportamento pecaminoso com que todos nascemos? Rm 8:7, 8 ; 7:21-24 . Qual foi a experiência da realidade dessas tendências em sua própria vida?



Rm 8:7, 8 ; - "Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus."



Rm. 7:21-24 . - "Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?"



Ao longo dos séculos, alguns cristãos declararam haver alcançado um estado de perfeição. Mas aqueles que afirmam isso estão enganando a si mesmos. Essa pretensão é contrária às palavras claras das Escrituras. Citando o Salmo 106:6 Paulo declarou: “Não há justo, nem um sequer” (Rm 3:10 ). Seu colega, o apóstolo João, foi igualmente inflexível: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos” (1Jo 1:8 ).



“A santificação não é a obra de um momento, uma hora ou um dia. É um crescimento ininterrupto na graça. Em um dia, não sabemos quão forte será nosso conflito no dia seguinte. Satanás vive e está ativo, e cada dia precisamos clamar fervorosamente a Deus pedindo ajuda e força para lhe resistir. Satanás reina e, por isso, tenho o eu a subjugar, ataques de Satanás a vencer, e não existe lugar de descanso. Não existe ponto a que possamos chegar e dizer que atingimos a perfeição” (Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, v. 7, p. 947).



Suponha você que houvesse chegado a um ponto em que tivesse alcançado verdadeiramente a vitória sobre o pecado; isto é, não estaria cometendo nenhum pecado conhecido. Ainda mais, você seria sempre bom, amoroso, generoso e viveria conforme toda a luz que conhecesse. Suponha que você refletisse “perfeitamente” o caráter de Jesus. Por que, mesmo assim, você ainda precisaria de um Salvador cuja justiça seria a única a lhe permitir apresentar-se sem “condenação” (Rm 8:1 ) diante de Deus?



Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. (Rom. 8:1)


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“O sexo”, respondem muitos. Crêem que o fruto proibido no jardim do Éden era símbolo das relações sexuais e que Adão e Eva pecaram ao praticarem o ato sexual.

Essa idéia não é nova. Segundo a historiadora Elaine Pagels, “a afirmação de que o pecado de Adão e Eva foi ter relações sexuais” era “comum entre os instrutores cristãos [do segundo século], tais como Taciano, o Sírio, que ensinava que o fruto da árvore do conhecimento transmitia conhecimento carnal”. Também, para Agostinho, um dos padres da Igreja da Igreja, do quinto século EC, o pecado teve sua origem no desejo sexual por parte de Adão. Com efeito, a revista Psychology Today disse que “o pecado de Adão foi o conhecimento carnal”.

Outros assumiram a posição de que a árvore do conhecimento do bem e do mal representava o próprio conhecimento. A Encyclopædia Britannica assevera que o “conhecimento do bem e do mal” era “uma expressão clássica de todo o conhecimento”. Isso significaria que Deus queria que Adão e Eva fossem ignorantes, e que eles se rebelaram contra ele por procurarem expandir seu conhecimento.

Mas ambas as interpretações certamente pintam um quadro de um Criador injusto e egoísta. Por que criaria ele o homem com necessidades tanto sexuais como intelectuais e então não lhe concederia um meio de satisfazer tais desejos sem incorrer na pena de morte? Quem se sentiria atraído a amar e a servir um Deus assim?

Foi o Sexo o Pecado Original?

Muitos não sabem que ambas as interpretações contradizem redondamente o contexto do relato de Gênesis. Consideremos, primeiro, a idéia de que a proibição de Deus no Éden era, realmente, contra as relações sexuais. A lei em pauta acha-se registrada em Gênesis 2:16, 17: “De toda árvore do jardim podes comer à vontade. Mas, quanto à árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau, não deves comer dela, porque no dia em que dela comeres, positivamente morrerás.”

Tratava-se realmente duma velada referência ao sexo? Bem, segundo registrado em Gênesis 1:27, 28, Deus ordenou ao homem e à mulher que ‘fossem fecundos e se tornassem muitos e enchessem a terra’. Como poderiam Adão e Eva obedecer a tal ordem sem terem relações sexuais? Devemos realmente supor que Deus lhes deu uma ordem e então os sentenciou à morte por tentarem obedecer a ela?

Ademais, o relato de Gênesis mostra que Adão e Eva pecaram em separado, e não simultaneamente. O capítulo 3, versículo 6 , torna claro que Eva foi seduzida a comer do fruto primeiro, e que, “depois deu também dele a seu esposo, quando estava com ela, e ele começou a comê-lo”. Assim, comer o fruto proibido seria um símbolo inapropriado e fantasioso das relações sexuais.

Foi o Conhecimento?

Que dizer da afirmação de que o fruto proibido era símbolo de todo o conhecimento? Na realidade, tanto Adão como Eva já tinham assimilado abundante conhecimento antes de desobedecerem à lei registrada em Gênesis 2:16, 17. O Criador deles, o próprio Yehowah, estava diretamente envolvido em sua educação. Por exemplo, Ele trouxe todos os animais e aves ao homem, para ele lhes dar nomes. (Gênesis 2:19, 20) Sem dúvida, Adão teria de estudar cada um cuidadosamente a fim de lhes dar um nome apropriado. Quanta instrução em zoologia! Eva, embora criada mais tarde, tampouco era ignorante. Quando interrogada pela serpente, ela mostrou que tinha sido instruída na lei de Deus. Ela conhecia a diferença entre o certo e o errado, e até mesmo sabia das consequências das ações erradas. — Gênesis 3:2, 3.

A interpretação do pecado original como sendo quer o sexo, quer o conhecimento, é apenas isso — uma interpretação humana, nada mais. Sua debilidade é demonstrada pela pergunta do fiel homem, José: “Não pertencem a Deus as interpretações?” (Gênesis 40:8) A Bíblia se torna muito mais fácil de entender quando não lhe impomos idéias humanas, mas, em vez disso, deixamos que ela mesma se interprete. Qual, então, foi o pecado original? Bem, o relato de Gênesis nos fornece todo motivo de crer que a árvore do conhecimento do bem e do mal era uma árvore verdadeira. Diz-se-nos onde ela estava no jardim, e ela é mencionada em relação a outras árvores. Seu fruto era real, e Adão e Eva realmente comeram tal fruto.

Foi a Desobediência?

Por comerem esse fruto, o que estavam fazendo? A New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica) timidamente sugere: “Poderia ter sido, simplesmente, um desafio aberto a Deus, uma insolente recusa de obedecer a Ele.” Não é isso que Gênesis diz com clareza? Romanos 5:19 confirma esse ponto: “Pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores.” (A Bíblia de Jerusalém) O pecado original foi um ato de desobediência.

Ao passo que um pecado de desobediência possa parecer simples, à primeira vista, considere suas profundas implicações. Uma nota de rodapé de A Bíblia de Jerusalém (ed. 1985) expressa-se do seguinte modo: “[O conhecimento do bem e do mal é a faculdade de decidir por si mesmo o que é bem e o que é mal, e de agir consequentemente: reivindicação de autonomia moral . . . O primeiro pecado foi um atentado à soberania de Deus.” Sim, “a árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau” simbolizava a prerrogativa de Deus de fixar padrões para o homem quanto ao que é aprovado ou ao que é condenado. Por recusar-se a obedecer à lei de Deus, o homem estava questionando o próprio direito de Deus de governá-lo. Yehowah respondeu equanimemente a este desafio por permitir que o homem governasse a si mesmo. Não concordaria que os resultados têm sido desastrosos? — Deuteronômio 32:5; Eclesiastes 8:9.

É por isso que o tema da Bíblia, a Vindicação do Direito de Deus ser Soberano e a Redenção da Humanidade Obediente por meio de Jesus Cristo, traz tanta esperança. Por meio do Reino de Deus, Ele promete pôr fim em breve ao opressivo domínio humano e substituí-lo pelo Seu domínio — um Reino que nos dará de volta o paraíso terrestre — algo que Adão e Eva perderam. — Salmo 37:29; Daniel 2:44.


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O conceito de pecado original e suas consequências

ESCRITO POR UM PADRE:

No livro do Gênesis 1, 27 vem descrita a criação do homem por Deus (Cf. Bíblia Sagrada, 2008: 16), constituído em um estado de santidade e de justiça original, que era uma participação da vida divina (Cf. Catecismo da Igreja Católica – doravante indicado por CIC –, 1999: 107, §375); e sua posterior queda e expulsão do Paraíso, com a perda do estado de graça e dos dons preternaturais com que Deus o cumulou, como o de integridade, desfrutando assim de impassibilidade e de imortalidade (Bíblia Sagrada, 2008: 17-18). Gozava, portanto, de felicidade plena. Fora criado não apenas bom, mas em “amizade com o Criador e em total harmonia consigo mesmo e com a criação que o rodeava que só serão superadas pela glória da nova criação em Cristo” (CIC, 1999: 107, §374).

Uma proibição apenas lhe fora imposta: não comer do fruto da árvore do bem e do mal, que havia no centro do Éden (Bíblia Sagrada, 2008: 16). Surpreendentemente, o primeiro homem sucumbe à prova, aparentemente tão simples, com graves consequências para si e para todos os seus descendentes. Perdeu ele, assim, o estado de inocência.

“O gênero humano inteiro é em Adão “sicut unum corpus unius hominis – como um só corpo de um só homem”. Em virtude desta “unidade do gênero humano”, todos os homens estão implicados na justiça de Cristo. [...] Sabemos, porém, pela Revelação, que Adão havia recebido a santidade e a justiça originais não exclusivamente para si, mas para toda a natureza humana: ao ceder ao Tentador, Adão e Eva cometem um pecado pessoal, mas este pecado afeta a natureza humana, que vão transmitir em um estado decaído. É um pecado que será transmitido por propagação à humanidade inteira, isto é, pela transmissão de uma natureza humana privada da santidade e da justiça originais. E é por isso que o pecado original é denominado “pecado” de maneira analógica: é um pecado “contraído” e não “cometido”, um estado e não um ato. [...] E a privação da santidade e da justiça originais, mas a natureza humana não é totalmente corrompida: ela é lesada em suas próprias forças naturais, submetida à ignorância, ao sofrimento e ao império da morte, e inclinada ao pecado (esta propensão ao mal é chamada ‘concupiscência’)” (CIC, 1999: 115).

E nas potências da alma humana, que originalmente estavam ordenadas, com as potências intelectivas governando e comandando as sensitivas, foi introduzida a desordem.

“O ‘domínio’ do mundo que Deus havia outorgado ao homem desde o início realizava-se antes de tudo no próprio homem como domínio de si mesmo. O homem estava intacto e ordenado em todo o seu ser, porque livre da tríplice concupiscência que o submete aos prazeres dos sentidos, à cobiça dos bens terrestres e à auto-afirmação contra os imperativos da razão. [...] É toda esta harmonia da justiça original, prevista para o homem pelo desígnio de Deus, que será perdida pelo pecado de nossos primeiros pais” (Id.: 108).

Para atingir a perfeição, necessita o homem doravante vencer a natureza enfraquecida e inclinada ao mal.

No homem, a inteligência iluminada pela Fé deve orientar a vontade, e esta governar a sensibilidade. Todo o homem agiria assim ordenado em função da razão e da Fé. Ocorre que depois do pecado original, a sensibilidade humana tende sempre a revoltar-se contra o jugo da vontade, e esta, a não seguir os ditames da razão, a qual, por sua vez, tende a se dissociar da Fé. Portanto, a primeira tendência da humanidade decaída é para o domínio dos instintos desordenados. “Somente à luz do desígnio de Deus sobre o homem compreende-se que o pecado é um abuso da liberdade que Deus dá às pessoas criadas para que possam amá-Lo e amar-se mutuamente” (Id.: 110). “É preciso conhecer a Cristo como fonte da graça para conhecer Adão como fonte do pecado” (Id.: 110).

“O relato da queda (Gn 3) utiliza uma linguagem feita de imagens, mas afirma um acontecimento primordial, um fato que ocorreu no início da história do homem. A Revelação dá-nos a certeza de fé de que toda a história humana está marcada pelo pecado original cometido livremente por nossos primeiros pais” (Id.:110-111).

Por ser inteligente, tem o homem o livre arbítrio para, com o auxílio da graça divina e uma boa formação moral, vencer essas más tendências, caminhando para a perfeição. “Faz parte da perfeição do bem moral ou humano que as paixões sejam reguladas pela razão” (CIC, 1999: 479).

Tendo havido o pecado original, a natureza humana ficou tendente ao mal.

71. Assim pois, os filhos de Adão nascem privados da justiça original, isto é, da graça santificante e do dom de integridade. A privação desta graça constitui o que se chama o pecado original, pecado em sentido lato, que não implica ato algum culpável da nossa parte, senão um estado de decadência, e, tendo em conta o fim sobrenatural a que persistimos destinados, uma privação, a falta duma qualidade essencial que deveríamos possuir, e, por conseguinte, uma nódoa, ou mácula moral, que nos afasta do reino dos céus.

72. E, como o dom de integridade ficou igualmente perdido, arde em nós a concupiscência, a qual, se lhe não resistimos corajosamente, nos arrasta ao pecado atual. Somos, pois, relativamente ao estado primitivo, diminuídos e feridos, sujeitos à ignorância, inclinados ao mal, fracos para resistir às tentações. [...]

74. Conclusão. O que se pode dizer é que, pela queda original, o homem perdeu esse belo equilíbrio que Deus lhe tinha dado [grifo nosso]; que é, relativamente ao estado primitivo, um ferido e um desequilibrado, como bem o mostra o estado presente das nossas faculdades. [...] as paixões precipitam-se com ardor, com violência até, para o bem sensível ou sensual, sem se inquietarem com o lado moral, procurando arrastar ao consentimento a vontade. [...]75. As faculdades intelectuais, que constituem o homem propriamente dito, a inteligência e a vontade, foram atingidas também pelo pecado original. [...] 1) [A nossa inteligência] Em lugar de subir espontaneamente para Deus e para as coisas divinas, em vez de se elevar das criaturas ao Criador, como o houvera feito no estado primitivo, tende a absorver-se no estudo das coisas criadas sem remontar à sua causa [...]. b) A nossa mesma vontade em lugar de se submeter a Deus, tem pretensões à independência; custa-lhe sujeitar-se a Deus e sobretudo aos seus representantes na terra. [...] E quantas vezes se não deixa ela arrastar pelo sentimento e pelas paixões!( TANQUEREY, 1961: 36-38)

Portanto, especialmente a sensibilidade, os instintos do homem ficaram desordenados, em contínua revolta contra a inteligência e a vontade.

E Tanquerey (1961: 379-380) completa, sobre a perda da harmonia interna no homem:

789. Efeitos das paixões desordenadas.

Chamam-se desordenadas as paixões que tendem para um bem sensível proibido, ou até mesmo para um bem permitido, mas com demasiada sofreguidão e sem o referir a Deus. Ora, estas paixões desordenadas:

Cegam a alma, lançando-se para o seu objeto com impetuosidade, sem consultar a razão, deixando-se guiar pelo instinto ou pelo prazer. Ora, nisto há um elemento perturbador que tende a falsear o juízo e a obscurecer a reta razão. Como o apetite sensitivo é cego, por natureza, se a alma se deixa guiar por ele, cega-se a si mesma: em vez de se deixar conduzir pelo dever, deixa-se fascinar pelo prazer do momento. É como uma nuvem que a impede de ver a verdade; obcecada pela poeira que as paixões levantam, a alma já não vê claramente a vontade divina nem o dever que se lhe impõe e deixa de ser apta para julgar retamente das coisas.

Fatigam a alma e fazem sofrer. [...]

2) Daqui um sofrimento tanto mais intenso quanto mais vivas são as paixões: porque elas atormentam a pobre alma, até serem contentadas, e, como o apetite vem com o comer, reclamam as paixões cada vez mais; se a consciência protesta, impacientam-se, agitam-se, solicitam a vontade para que ceda aos seus caprichos que incessantemente renascem: é uma tortura inexprimível.

c) Enfraquecem a vontade. Solicitada em sentidos diversos por essas paixões rebeldes, vê-se forçada a vontade a dispersar as próprias forças, que por isso mesmo vão enfraquecendo. Tudo o que cede às paixões, aumenta nelas as exigências e diminui em si as energias. [...] E não tardará o momento em que a alma enfraquecida caia no relaxamento e na tibieza, disposta a todas as capitulações.

d) Maculam a alma. Quando esta, cedendo às paixões, se une às criaturas, abate-se ao nível delas e contrai a sua malícia e as suas manchas; em vez de ser imagem fiel de Deus, torna-se imagem das coisas a que se apega; grãos de pó, manchas de lodo vêm embaciar-lhe a beleza e opor-se à união perfeita com Deus.

E o que resta ao homem fazer para vencer essa “lei do pecado”?

A luta contra a desordem das paixões. “Do ponto de vista psicológico, não cabe dúvida de que o remédio capital contra as paixões desordenadas será sempre uma vontade firme e decidida de vencer” (MARIN, 2001: 369-370, §252).

Portanto, o segredo do bom êxito no grande embate espiritual que o homem trava na vida está na boa formação da vontade, para que esta queira o que deve querer segundo a Lei de Deus e não atendendo a “lei do pecado”.