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MINISTÉRIO DE LEVITAS
LEVITAS: Grupo de pessoas (tribo de Levi) separados para
a) levar a arca da Aliança do Senhor, para
b) estar diante do Senhor para o servir e abençoar em seu nome (no nome do Senhor) até o dia de hoje (Deu 10:8).
O levitas são aqueles designados para servir na casa do Senhor.
Os levitas não são e uma lenda ou uma ocupação do passado. Coisa do tradicionalismo do Antigo Testamento. A grande parte das igrejas hoje, deixam passar a grande importância do papel dos LEVITAS NA CASA DO SENHOR, e por isso muitas vezes não conseguem o comprometimento e a disponibilidade que é necessário a quem serve na casa de Deus. Só quem tem o chamado e a convicção de seu papel de levita pode abraçar a visão e realizar o trabalho que o Senhor estabeleceu para cada um de nós.
Dentro da igreja é importante que todos os trabalhadores, levitas, tenham em mente a visão do ministério local. Qual o foco principal. Qual a finalidade específica, o alvo a ser alcançado pelo ministério local.
O verdadeiro levita abraça a visão geral do ministério independente dos seus objetivos pessoais.
Isso aconteceu quando Davi escolheu os primeiros levitas para servirem na casa do Senhor.
A VISÃO DE DAVI: Trazer a Arca da Aliança de volta ao templo. Todos devem abraçar a visão. A visão central dada pelo Senhor é maior do que cada tarefa independente.
Existem características que diferenciam os levitas e os tornam especiais para o trabalho na casa do Senhor.
Os LEVITAS são SANTIFICADOS (separados) para levar a arca de Deus (I Cron 15:2): O trabalho reservado para os levitas só poderia ser realizado por eles. Levitas não podem ser qualquer pessoa que apenas tenha um desejo de servir ou fazer algo na casa do Senhor. Levitas são separados (santificados) para isso. Não podemos esperar que outros façam o nosso trabalho nem deixar que outras pessoas, que não foram separadas (santificadas) levem a Arca da Aliança do Senhor (a tarefa que Deus nos confiou e nos separou para fazer).
Os LEVITAS não esperam recompensa. A herança dos levitas é o Senhor (Deut 10:8-9): Nenhum dos levitas (os da tribo de Levi) tinham parte na divisão da terra e dos bens. Da mesma forma não podemos esperar recompensa e nem reconhecimento humano pelo nosso serviço na casa do Senhor. Não podemos entrar nesse ministério esperando recompensa natural ou promoção humana. Fomos separados pelo Senhor e Ele será sempre a nossa herança e Ele proverá a nossa recompensa.
Há uma tendência natural de relacionar LEVITAS a músicos. Isso não é totalmente errado uma vez que os LEVITAS mais destacados eram os que estavam a frente participando da música. Iniciando por esse grupo de Levitas, vemos que eles tinham características específicas que certamente devem ser evidentes nos levitas de hoje.
OS MÚSICOS designados para servirem no templo (I Cron 15:16-24) eram:
IRMÃOS – os da mesma família, a família dos levitas, e mesmos interesses. Levitas devem viver em união, em unidade defendendo os mesmos interesses como um família. Hoje, temos que reconhecer quem são nossos irmãos, aqueles que tem os mesmos interesses (apenas levar a Arca da Aliança do Senhor), que são parecidos e não podem viver separados pois pertencem a mesma família;
CANTORES – músicos que tocavam e cantavam com alegria. Devemos sempre expressar a alegria que sentimos em ministrar (servir) na casa do Senhor. Devemos faze-lo de forma pública e jubilosa. Os levitas músicos sempre são identificados pela alegria em servir ao Senhor;
PERITOS – os que participavam da música, canto e instrumentos, tinham habilidades específicas nos seus ofícios e o faziam sob orientação e organização. Todos eram especialistas (I Cron 15:22). Não podemos admitir amadorismo no serviço da casa do Senhor. Devemos procurar a perfeição para oferecer sempre o melhor. Se vamos cantar temos que ser peritos em canto. Devemos nos apresentar aprovados (2 Tim 2:15) diante de Deus e dos homens para o serviço na casa do Senhor. Devemos ministrar ao Senhor com arte e perfeição (Sal 33:3). Devemos aperfeiçoar o dom que o Senhor nos deu estudando e nos especializando. O mundo deve reconhecer que os melhores estão servindo na casa de Deus.
Além dos cantores, a Bíblia fala de outro grupo de levitas que da mesma forma foram separados para o serviço na casa do Senhor. Os PORTEIROS.
PORTEIROS – foram separados pessoas para guardar e cuidar da arca, não cantavam nem tocavam, apenas cuidavam da arca. Levitas não eram e não são apenas músicos. É necessário pessoas separadas para outros ofícios que dão suporte e contribuem para se alcançar a VISÃO CENTRAL. Pessoas devem estar envolvidas em manutenção, operação e suporte físico e espiritual. Os porteiros eram os que vigiavam a arca, tomavam conta da tenda. Hoje, é necessário que pessoas sejam separadas para vigiar pelo ministério, interceder em oração enquanto outros estão voltados para outros ofícios. Todos são levitas.
Ser levita é muito mais do que ser um mordomo na casa do Senhor, é fazer parte de um ministério muito especial que se caracteriza ainda por vários fatores:
Deus ajuda os levitas: O trabalho dos levitas nunca foi uma tarefa fácil no tem de Davi, e principalmente nos dias de hoje, onde muitos não tem disponibilidade de servir a Deus em tempo integral, mas mesmo assim atendem ao seu chamado. Contudo os levitas tem a grande vantagem de ter o auxílio de Deus (I Cron 15:26) que está do seu lado e sempre lhes dará o suprimento para realizarem as tarefas para as quais foram designados.
Os levitas, também, oferecem sacrifícios ao Senhor: servir ao Senhor não os exclui do direito de oferecer sacrifícios ao Senhor. Devemos Ter o pensamento que ser um levita é ter mais funções sem excluir nada de nossa vida com Deus. Não estamos fazendo troca nem negociando serviços com Deus. Os levitas são ofertantes, dizimistas e oferecem sacrifícios pessoais ao Senhor;
Todos os levitas, junto com Davi, estavam vestidos com roupa especial: a roupa especial de linho significava a pureza que devemos ter para nos apresentar para ministrar ao Senhor. Todos estavam prontos. Não podemos esperar que apenas o líder, o pastor, o ministro de louvor, estejam vestidos (prontos) para ministrar. Todos devemos estar preparados e da mesma forma, com o mesmo linho (o mesmo nível de pureza, santidade e unção). Isso é fundamental para que a glória do Senhor esteja presente nas ministrações dos levitas.
Guiados por Davi e os levitas, todo o povo com alegria levou a Arca da Aliança do Senhor (I Cron 15:28). Isso é revelado hoje como o louvor congregacional que acontece nas igrejas onde todo o povo é guiado a presença de Deus através do louvor e adoração sob a ministração dos levitas.
Os levitas ministravam diante da arca (I Cro 16:4) que representa o lugar onde os levita devem sempre servir. Cada um deve se manter fiel ao seu chamado;
Depois disso Davi ordenou a estreia dos levitas publicamente (I Cro 16:7): Todos os levitas apresentados já estavam prontos e já haviam ministrado junto com Davi, oferecido sacrifícios e tinham comunhão. Minstrar publicamente é uma conseqüência, não uma necessidade exclusiva. Levitas não procuram palcos, procuram a presença de Deus. Antes de serem apresentados publicamente os levitas devem já Ter adquirido experiência íntima com Deus, comunhão plenas com os seus irmãos e maturidade espiritual para exercer dignamente o seu ministério;
Os levitas eram designados nominalmente para ministrarem na casa do Senhor segundo se ordenara para cada dia (I Cron 16:37-42) cantando, tocando e cuidando da arca. Os levitas devem estar sempre em sintonia com a casa do Senhor e seus ofícios. Hoje, não vivemos literalmente na casa do Senhor para ministrar, mas nós somos o templo do Senhor e assim podemos continuamente, mesmo não estando na igreja (templo), podemos ministrar ao Senhor e oferecer sempre o nosso sacrifício (Heb 13:15). A prática de escalas e turnos para ministração é bíblica e deve ser obedecida e aceita quando for necessário;
Turnos e funções dos levitas (I Cron 23:1-5): Haviam quatro grupos de levitas: superintendentes, oficiais e juizes, porteiros e músicos.
Função dos CANTORES (músicos): profetizar com harpas, alaúdes e címbalos (I Cron 25:1). Esta prática é pouco ministrada e vista atualmente, mas é a perfeita vontade de Deus que músicos e cantores usem seus instrumentos para profetizarem com unção e poder para que haja milagres e prodígios sendo liberados durante o louvor e adoração. Todos os CANTORES eram MESTRES (I Crn 25:7), isso requer estudo dedicação e aperfeiçoamento para ministrar na casa do Senhor. Outra caracter´sitica importante dos levitas cantores era que havia mestre e discípulo (I Cron 25:8) e todos trabalhavam juntamente. A prática de formar discípulos é fundamental para que não faltem trabalhadores com habilidade e a mesma visão. Isso requer humildade, disponibilidade e amor pelo trabalho do Senhor.
Os PORTEIROS também eram habilitados para cuidar da arca segundo a sua necessidade e pelo que o Senhor fizera (I Cron 26:5, 6, 7, 8, 10). Havias vários tipos de porteiros. Hoje há muita necessidade de pessoas para assumirem posições de porteiros na casa do Senhor. Profissionais de manutenção, pessoas para trabalharem nos bastidores muitas vezes não são valorizadas como levitas e por isso poucos são discipulados para esses ofícios;
Haviam os responsáveis pelo TESOURO (I Cron 26:20-28), o patrimônio e valores da casa do Senhor eram responsabilidade dos levitas
Haviam pessoas para gerirem os negócios externos a serviço do Senhor e de interesse do rei (I Cron 26:29-30). Atualmente podemos relacionar as pessoas com habilidade de gerir bem os recursos disponíveis do ministério decidindo o que é o melhor para a casa do Senhor.
O trabalho dos levitas é muito importante e cada vez mais deve ser ensinado tirando a falsa idéia de que apenas músicos são levitas. Os levitas separados por Davi para servirem na caso do Senhor eram quase quarenta mil, contudo, apenas cerca de 3600 eram músicos ou cantores. Isso mostra a imensa deficiência de levitas que temos nas igrejas atuais. Muitos são levitas e não tem consciência disso, outros não são porque nunca foram ensinados sobre como podem ser e não há nada melhor do que Ter verdadeiros levitas trabalhando na casa do Senhor em todos os departamentos. Os levitas são leais, dispostos, peritos, unidos e abraçam a visão do ministério completamente.
Levitas da casa de Deus.
AMADURECENDO COMO LEVITAS
Buscar a Deus em primeiro lugar...
OSÉIAS 6: 1,2 e 3
"Vinde, e tornemos para o SENHOR, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará. Depois de dois dias, nos revigorará; ao terceiro dia, nos levantará, e viveremos diante dele. Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra."
A Palavra do Senhor é sempre muito clara. Ele, em todo o tempo nos orienta a buscá-lo mais, conhecê-lo mais, e crescermos espiritualmente. O apóstolo Paulo nos fala de deixarmos de ser meninos, e crescermos em maturidade.
1 CORINTIOS 14.20
" Irmãos, não sejais meninos no entendimento; na malícia contudo, sede criancinhas "
É tempo de deixarmos de ser apenas músicos e cantores, e darmos alimento mais sólido aos que estão famintos.
É hora de deixar nascer dentro de nós verdadeiros adoradores, com sinceras intenções de alimentar-se em Deus, e ser fontes de bênçãos à Igreja.
Deus está preocupado com o nosso crescer. O nosso Deus é um Deus de processos. Por exemplo, Ele consumou a criação em seis dias e descansou no sétimo, mas Ele não precisava de seis dias, Ele precisava de apenas um segundo. Ele tinha poder para isto mas não o fez desta maneira.
Outro exemplo foi a gravidez de Maria, que durou nove meses. Você acha que Deus não poderia ter enviado Jesus pronto do céu? Sim, mas ele respeitou todo o processo humano.
O nosso Deus é um Deus que respeita o processo humano. Da mesma forma, tenho convicção de que Deus também respeita o nosso processo de crescimento espiritual. Ele tem paciência quando erramos e sabe que precisamos de tempo para aprender.
Com relação a isto, o problema maior é quando não nos dispomos a aprender e continuamos no mesmo patamar espiritual durante muito tempo. Ficamos a vida inteira dependente do pastor, dos líderes, dos presbíteros, dos pais, sendo tratados como crianças espirituais.
Levita, se você quer começar a amadurecer espiritualmente, você terá que estudar! "Corra atrás" de seminários, congressos, escolas de louvor, livros, etc.
Devemos estar dispostos a crescer, crescer, crescer, ...
Está na hora de resgatarmos a nossa identidade! Levita, está na hora de você começar a ganhar almas para Cristo! Está na hora de adorar em espírito e em verdade, de levar o evangelho ao perdido, ... de crescer espiritualmente!
Muitas e muitas pessoas sobem no palco para ministrar tendo ainda visão de criança espiritual, comportamento de criança espiritual, etc.
Muitas e muitas pessoas sobem para ministrar como uma fonte seca, sem nada para falar ou , quando falam, acabam se frustrando e frustrando a igreja.
Quantas vezes somos convocados por Deus para ser adoradores, enquanto estamos sendo apenas músicos e cantores esquecendo do verdadeiro propósito do nosso chamado.
O louvor é uma arma que está em nossas mãos, e armas não podem ficar nas mãos de crianças!
É tempo de despertar, de crescer, ... e nos tornar servos confiáveis nas mãos do nosso Deus.
A Música na Adoração a Deus
Deus sempre quis ser adorado por meio da música. Mas há uma diferença significativa entre o tipo de música que Deus desejava no Antigo Testamento e o tipo que ele autoriza no Novo. O objetivo deste estudo é descobrir nas Escrituras que tipo de música Deus deseja que usemos no culto cristão.
A lei de Moisés
A música que agradava a Deus no Antigo Testamento envolvia o uso de vários instrumentos. Logo após a travessia do mar Vermelho, Miriã e as mulheres de Israel adoraram a Deus com cânticos acompanhados de danças e tamborins (Êxodo 15:20-21). Os profetas dos tempos de Samuel usavam saltérios, tambores, flautas e harpas (1 Samuel 10:5). No período de Davi, Deus era adorado com cânticos acompanhados "com instru-mentos músicos" (1 Crônicas 15:16, 28). 1 Crônicas 16 menciona o uso de alaúdes, harpas, címbalos, trombetas e instrumentos de música (1 Crônicas 16:5, 42). Davi deu instruções específicas para o uso desses instrumentos (veja 1 Crônicas 23 e 25, em que a adoração é descrita detalhadamente). A adoração nos dias de Salomão era semelhante: "e quando todos os levitas que eram cantores, isto é, Asafe, Hemã, Jedutum e os filhos e irmãos deles, vestidos de linho fino, estavam de pé, para o oriente do altar, com címbalos, alaúdes e harpas, e com eles até cento e vinte sacerdotes, que tocavam as trombetas; e quando em uníssono, a um tempo, tocaram as trombetas e cantaram para se fazerem ouvir, para louvarem o Senhor e render-lhe graças; e quando levantaram eles a voz com trombetas, címbalos e outros instrumentos músicos para louvarem o Senhor, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre, então, sucedeu que a casa, a saber, a Casa do Senhor, se encheu de uma nuvem . . . Assim, o rei e todo o povo consagraram a Casa de Deus. Os sacerdotes estavam nos seus devidos lugares, como também os levitas com os instrumentos músicos do Senhor, que o rei Davi tinha feito para deles se utilizar nas ações de graças ao Senhor, porque a sua misericórdia dura para sempre. Os sacerdotes que tocavam as trombetas estavam defronte deles, e todo o Israel e mantinha em pé" (2 Crônicas 5:12-13; 7:6). Clarins e trombetas acompanhavam os cânticos de louvor a Deus na época de Asa (2 Crônicas 15:14). Atente para o fato de que nada disso era mera invenção humana; Deus tinha exigido esse tipo de adoração: "Também estabeleceu os levitas na Casa do Senhor com címbalos, alaúdes e harpas, segundo mandado de Davi e de Gade, o vidente do rei, e do profeta Natã; porque este mandado veio do Senhor, por intermédio de seus profetas" (2 Crônicas 29:25). Após a volta do cativeiro, a adoração foi conduzida de modo semelhante: "Quando os edificadores lançaram os alicerces do templo do Senhor, apresentaram-se os sacerdotes, paramentados e com trombetas, e os levitas, filhos de Asafe, com címbalos, para louvarem o Senhor, segundo as determinações de Davi, rei de Israel" (Esdras 3:10). Na cerimônia da dedicação pelos muros de Jerusalém havia címbalos, alaúdes, harpas e trombetas (Neemias 12:27-36). Como disse Isaías: "O Senhor veio salvar-me; pelo que, tangendo os instrumentos de cordas, nós o louvaremos todos os dias de nossa vida, na Casa do Senhor" (Isaías 38:20).
O Saltério (Salmos) era o cancioneiro de Israel. Os salmos dão muito destaque ao uso de instrumentos musicais na adoração a Deus. "Celebrai o Senhor com harpa, louvai-o com cânticos no saltério de dez cordas. Entoai-lhe novo cântico, tangei com arte e com júbilio" (Salmo 33:2-3). "Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu" (Salmo 43:4). "Salmodiai e fazei soar tamboril, a suave harpa com o saltério. Tocai a trombeta na Festa da Lua Nova, na lua cheia, dia da nossa festa. É preceito para Israel, é prescrição do Deus de Jacó" (Salmo 81:2-4). Passagens semelhantes encontram-se espalhadas pelos Salmos. O salmo 92 menciona o uso de "instrumentos de dez cordas" junto com o saltério e a harpa (Salmo 92:1-3). "Celebrai com júbilio ao Senhor, todos os confins da terra; aclamai, regozijai-vos e cantai louvores. Cantai com harpa louvores ao Senhor, com harpa e voz de canto; com trombetas e ao som de buzinas, exultai perante o Senhor, que é rei" (Salmo 98:4-6). Embora de nenhum modo tenhamos citado todos os textos relacionados à questão, ficou mais que claro que Deus era adorado por instrumentos musicais no Antigo Testamento. As referências são bem freqüentes e não dão margem para dúvida. "Louvai-o ao som da trombeta; louvai-o com saltério e com harpa. Louvai-o com adufes e danças; louvai-o com instrumentos de cordas e com flautas. Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes. Todo ser que respira louve ao Senhor. Aleluia!" (Salmos 150:3-6). Veja também Salmos 147:7 e 149:3.
O evangelho de Cristo
A música no Novo Testamento apresenta um forte contraste com a do Antigo Testamento. Não se fazem referências ao uso da música instrumental na adoração do Novo Testamento! Após ler tantos textos que mencionam o uso dos instrumentos musicais no Antigo Testamento, a diferença é marcante e importante. Observe os seguintes textos: "Por volta de meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam" (Atos 16:25). "Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente" (1 Coríntios 14:15). "Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração. Está alguem alegre? Cante louvores" (Tiago 5:13). O louvor que oferecemos deve ser aquele em que aconselhamos e instruímos uns aos outros: "Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração" (Colossenses 3:16). Deve estar claro que nenhuma harpa nem flauta tem condições de instruir. "falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais" (Efésios 5:19). Esse texto de Efésios é interessante porque especifica claramente qual instrumento deve ser usado: o coração. Jamais se menciona nenhum instrumento mecânico em relação à adoração de Deus no Novo Testamento. O escritor de Hebreus resume: "Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome." (Hebreus 13:15). O nosso sacrifício de louvor deve ser o "fruto dos lábios".
Isso não significa que os instrumentos musicais não existissem no período do Novo Testamento. Aliás, eles são mencionados diversas vezes, ligados a acontecimentos sem relação com o culto (Mateus 9:23; 11:17; Lucas 15:25, etc.). Mas jamais são mencionados em referência à adoração. Isso se assemelha ao uso do sacrifício de animais no culto. No Antigo Testamento, é difícil encontrar uma só página que não mencione o sacrifício de animais. No evangelho de Cristo, entretanto, não há nenhuma menção do sacrifício de um único animal. Isso, obviamente, não significa que não se cozinhavam nem comiam animais nos lares dos cristãos do Novo Testamento, mas sim que jamais eram usados para adorar a Deus.
Dois princípios fundamentais
É importante entender que não nos achamos mais debaixo da lei do Antigo Testamento. Vários textos insistem nesse ponto: Romanos 7:2-4; Efésios 2:14-15; Colossenses 2:14-17; Hebreus 8, etc.. Observe as palavras de Gálatas 3:24-25: "De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio." Mais adiante no mesmo livro, Paulo afirmou que quem se voltar para o Antigo Testamento e obedecer a uma parte dele o obrigava a cumprí-lo todo: "Eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo de nada vos aproveitará. De novo, testifico a todo homem que se deixa circuncidar que está obrigado a guardar toda a lei. De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes" (Galátas 5:2-4). A lei do Antigo Testamento não é a autoridade para nós hoje. Às vezes, as pessoas afirmam que isso não se aplica aos salmos. Mas em João 10:34, Jesus se refiriu a Salmo 82:6 como "lei". Isso não é de surpreender. Os que recorrem a Davi como a autoridade para o uso de instrumentos no culto a Deus jamais se voltam para ele para autorizar a poligamia, o sacrifício de animais, a observância do sábado e das festas judaicas, mas ele fazia tudo isso. Nenhuma parte do Antigo Testamento, a não ser a que se repete no Novo, nos vale como autoridade.
Devemos também reconhecer a necessidade da autoridade da Bíblia em tudo o que fazemos. Uma vez que as Escrituras nos tornam completos para toda boa obra (2 Timóteo 3:16-17), então, se alguma coisa não se encontra no Novo Testamento, não é boa obra. O que ultrapassa a doutrina de Cristo é errado (2 João 9). Toda adoração procede ou da autoridade de Deus ou das ordenanças humanas. Se for proveniente da autoridade de Deus, existe a Escritura para comprová-la. Se não se acha no Novo Testamento, então a adoração procede do homem, e Deus a eliminará (veja Mateus 15:8-9, 13-14). Vários exemplos da forma em que Deus tratou o homem no passado exemplificam esse conceito. Quando Deus ordenou que o fogo para o altar do incenso fosse trazido de uma determinada fonte, e Nadabe e Abiú o trouxeram de uma fonte a respeito da qual Deus nada tinha dito, eles foram queimados com fogo do céu (Levítico 10:1-3). Quando Deus mandou que a arca da aliança fosse transportada nos ombros dos levitas, mas Davi a transportou de um modo não mandado por Deus, o Senhor o puniu.
A questão básica é esta: o Novo Testamento não contém a autorização do uso de instrumentos musicais na adoração a Deus. Sem dúvida não se trata de um descuido acidental de Deus, porque, quando ele quis que os instrumentos musicais fossem usados durante a época do Velho Testamento, ele o declarou muitas vezes. Já que não há base no Novo Testamento para o uso do instrumento musical na adoração, o homem que respeita à autorização divina não tocará instrumentos em adoração a Deus, assim como não oferecerá sacrifício de animais. A pessoa que hoje deseja justificar o sacrifício de animais na adoração, deve citar um texto no Novo Testamento que o confirme; o homem que hoje fizer questão do uso de instrumentos musicais no culto deve apresentar um texto no Novo Testamento que o autorize. Se não se puder achar nenhum, respeitemos o silêncio de Deus.
Apêndice: argumentos usados para fundamentar o uso de instrumentos musicais
Usados no céu
Alguns tentam justificar o uso de instrumentos musicais no culto pelo fato deles serem mencionados em Apocalipse como algo existente no céu (veja Apocalipse 5:8; 14:2). De fato, é improvável que se trate de instrumentos físicos, dada a natureza espiritual do céu e a natureza simbólica de Apocalipse. Mas, mesmo que fossem instrumentos musicais, isso não autorizaria o uso deles hoje no culto cristão. Haverá crianças no céu (já que não têm pecado), mas isso não autoriza que sejam batizadas hoje. A Bíblia fala de haver um altar de incenso no céu, mas isso sem dúvida não sustenta o uso dele no culto. Não há casamentos no céu (Mateus 22:30), mas não podemos usar isso para fundamentar uma ordem de celibato (1 Timóteo 4:1-3). Os que hoje desejam usar harpas, flautas ou outros instrumentos no culto, devem mostrar a autorização para usá-los como adoração. Se conseguissem fazê-lo, não haveria necessidade alguma de recorrer ao Antigo Testamento ou ao céu para fundamentar o uso.
Os salmos
Alguns se utilizam do fato de que devemos entoar salmos (Colossenses 3:16), a fim de tentarem fundamentar o uso do instrumento musical. O raciocínio deles segue mais ou menos assim: temos a ordem de louvar a Deus com salmos; os salmos se referem a instrumentos musicais; portanto, podemos usar instrumentos musicais. Colossenses 3 nos diz o que devemos fazer com os salmos -- cantá-los! Colossenses 3 não nos autoriza a fazer tudo o que os salmos mencionam. Por exemplo, os salmos ordenam os sacrifícios de animais (Salmos 20:3; 51:18-19; 66:13-15) e a dança para o Senhor (Salmos 150:4). O fato de cantarmos os salmos certamente não nos autoriza a sacrificar animais, nem a praticar a dança religiosa.
A palavra grega
De vez em quando você ouvirá alguém ensinar que a palavra grega traduzida por "louvando" em Efésios 5:19 significa cantar acompanhado de instrumento. Isso não é verdade. Mil anos antes do Novo Testamento ser escrito, a palavra (psallo) significava "dedilhar". Naquela época era então usada em referência ao instrumento musical. Mas, no período em que o Novo Testamento foi escrito, a palavra simplesmente significava "cantar". É por isso que quase todas as traduções da Bíblia, tanto em inglês, quanto em português, traduzem a palavra por cantar, louvar ou coisa semelhante. Os melhores e mais confiáveis dicionários gregos também deixam claro que a palavra significava cantar no período do Novo Testamento. Mesmo no antigo grego, na época em que a palavra significava "tocar um instrumento", o instrumento era sempre citado especificamente no contexto (mesmo naquela época não significava tocar se não houvesse menção a nenhum instrumento no contexto). No contexto de Efésios 5, o único "instrumento" é o coração! Podemos dedilhar as cordas de nosso coração enquanto cantamos, mas a palavra psallo não dá autoridade para tocar instrumentos.
Auxílios e acréscimos
Às vezes há quem afirme que o instrumento musical é meramente uma ajuda ao cântico, mas não de fato um acréscimo à adoração. No Antigo Testamento, no entanto, o instrumento era usado especificamente para louvar a Deus, e não apenas para ajudar a cantar. O fato é que estamos tratando de dois tipos de música: a vocal e a instrumental. O Antigo Testamento autorizava ambos; o Novo Testamento só autoriza a música vocal.
Reflexão
Música e adoração na igreja
Referência: Salmos 40.3
INTRODUÇÃO
1. Perguntaram para Rick Warren, o que faria de diferente se tivesse que começar sua igreja de novo. Ele respondeu: “desde o primeiro dia eu colocaria mais energia e dinheiro no ministério de música”.
2. Davi no Salmo 40:3 fala sobre quatro atributo da música: 1) A origem da música; 2) A natureza da música; 3) O propósito da música; 4) O resultado da música.
3. Davi diz que há uma clara conexão entre música e evangelismo. Aristóteles disse que “a música tem o poder de formar o caráter”. A música é a principal comunicadora de valores para as gerações:
a) Na Reforma – foi a música que popularizou a doutrina da reforma luterana;
b) As canções de rock dos anos 60 e 70 forjaram os valores dos americanos dessas duas décadas.
c) A MTV molda os valores da maioria dos adolescentes.
I. A IMPORTÂNCIA DO LOUVOR NA VIDA DA IGREJA
1. Quem louva agrada a Deus
O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.
“O que me oferece sacrifício de ações de graça, esse me glorificará” (Sl 50:23).
2. Deus nos criou para o seu louvor
“Ao povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor” (Is 43:21).
3. Devemos louvar a continuamente
Louvor em todo o tempo: “Bendirei o Senhor em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios” (Sl 34:1).
Louvor desde o amanhecer até o ocaso: “Do nascimento do sol até o ocaso, louvado seja o nome do Senhor” (Sl 113:3).
Louvor continuamente: “Os meus lábios estão cheios do teu louvor e da tua glória continuamente” (Sl 71:8).
4. O louvor e a adoração são as principais razões de virmos à igreja
“Vinde, ajoelhemos e prostemo-nos diante do Senhor que nos criou” (Sl 95:6-7).
Adoração implica sempre em reconhecimento da majestade de Deus. Sempre que a igreja adorou em Apocalipse ela estava prostrada.
5. Deus rejeita adoração da igreja se a vida dos adoradores não estiver certa com Deus
Isaías 1:11; Amós 5:21-24; Malaquias 1:10. Deus procura a verdade no íntimo. Deus vê o coração. O Publicano e o Fariseu foram ao templo. Quem saiu justificado não foi aquele que proclamou sua justiça, mas o que confessou o seu pecado.
Se contemplarmos vaidade em nosso coração, Deus não nos ouve (Sl 66:18). Coração quebrantado Deus não rejeita (Is 57:20). O que confessa e deixa alcança misericórdia (Pv 28:13).
Salmos 133 quando a igreja vive em união ali ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.
6. O louvor alivia o fardo
Jó disse que Deus inspira canções de louvor nas noites escuras.
O louvor reduz o efeito da pressão. Satanás quer que estejamos desolados e melancólicos, quando passamos por tempos difíceis. Ilustração: Spafford.
Como nos libertar dessas nuvens escuras? Louvando a Deus continuamente! Quando louvamos, sacudimos o jugo da angústia. Trocamos o espírito angustiado por vestes de louvor (Is 61:3).
Enquanto estamos desolados e deprimidos, não manifestamos a vitória de Deus. Catarina Van Bora disse para Lutero: “Deus morreu”.
O louvor nos põe fora do problema, dentro da solução e sob as bênçãos de Deus.
7. O contínuo louvor transforma o temor em fervor
É impossível louvar a Deus e permanecer desanimado: “Por que estás abatida, ó minha alma? Espera em Deus, pois eu ainda o louvarei” (Sl 42:5).
Quando louvamos a Deus, a nossa fé se torna mais forte: “Firme está o meu coração ó Deus, o meu coração está firme: cantarei e entoarei louvores” (Sl 57:7).
O louvor transforma a adversidade em bênção, nossa fraqueza em força divina: “O senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia; nele fui socorrido; por isso o meu coração exulta e com o meu cântico o louvarei” (Sl 28:7).
8. O louvor abre portas que doutra forma não seriam abertas
Reclamar, lamentar, murmurar, ficar magoado abre brecha para Satanás (Ef 4:26-27), mas o louvor amarra a Satanás (Sl 149:6-8). O louvor mostra ao inimigo que não caímos em seus truques, mostra que confiamos no Deus onipotente.
Deus habita no meio dos louvores e onde Deus está o diabo precisa fugir (Sl 9:1-3; 18:3).
9. O louvor não é consequência da vitória, é causa da vitória
2 Crônicas 20:21 e Atos 16 revelam que o louvor é a causa da vitória e não apenas sua consequência. Louvamos para vencer. Louvamos para derrotar o inimigo. O louvor nos põe acima das nuvens escuras. Ilustração: o dia que o meu pai morreu.
O louvor proclama a vitória antecipadamente: Miriã cantou o cântico certo no lugar e na hora errada.
10. Aspectos grandiosos do louvor
a) O louvor é da vontade de Deus
“Em tudo daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (1 Ts 5:18).
b) O louvor é resultado da plenitude do Espírito Santo
“Mas enchei-vos do Espírito Santo, falando entre vós com salmos , entoando e louvando de coração ao Senhor, com hinos e cânticos espirituais…” (Ef 5:18-20).
Efésios 5:19-20: fala de comunhão; adoração e gratidão. Onde há contendas e ciúmes a adoração não pode subir como aroma suave.
c) O louvor é resultado da plenitude da Palavra em nós
“Habite ricamente em vós a Palavra de Cristo… louvando a Deus com salmos e hinos e cânticos espirituais” (Cl 3:16).
II. A INSTRUMENTALIDADE DA MÚSICA NA IGREJA
1. A música é um veículo
A músca é um veículo de comunicação anterior à palavra. O ritmo interfere em nossa estrutura muscular, altera nosso pulso cardíaco, nossa velocidade de marcha, ou nosso sistema respiratório. A melodia interfere poderosamente com as emoções humanas e pode levar pessoas da alegria às lágrimas ou da euforia à calma em poucos instantes. A harmonia interfere no esforço intelectual do ouvite para apreciar a música.
a) 1 Sm 18:7; 21:11; 29:5 – A música das mulheres de Israel provocaram uma revolução em Israel: A música chegou aos ouvidos de Saul e do povo e permaneceu influenciado o povo durante muito tempo. A música espalha a mensagem.
b) A música de Lutero – espalhou-se além de Wittembert para os leigos, componeses e pobres aldeões a mensagem da Reforma.
2. A música como comunicação do homem para Deus e de Deus para o homem
Se o homem fala a Deus através dos cânticos religiosos, também Deus pode falar ao homem por seu intermédio. Música é um bom veículo para o homem falar com Deus, mas também é eficiente meio para Deus falar ao homem.
3. A música como impressão
A música impressão tem como propósito um apelo emotivo sobre as pessoas. O objetivo não é comunicar uma mensagem, mas provocar um sentimento.
Agostinho: “Quando, às vezes, a música me sensibiliza mais do que as letras que se cantam, confesso com dor que pequei” (Confissões, p. 219,220).
Nas Institutas Calvino alertou para o perigo da música impressão. “Impõe-se diligentemente guardar que não estejam os ouvidos mais atentos à melodia que a mente ao sentido espiritual das palavras… cânticos que têm sido compostos apenas para o encanto e deleite dos ouvidos nem são compatíveis com a majestade da Igreja, nem pode a Deus não desagradarem sobremaneira” (Institutas III, p. 20,32).
4. A música como expressão
Olha para música não como fim em si mesmo, mas como instrumento, canal para comunicação de uma mensagem. Os textos são bem elaborados e escolhidos para que sua mensagem seja entendida e fixada.
O que despertou certa antipatia nos Reformadores e pais da igreja quanto ao uso de instrumentos na igreja é que a música não estava sendo instrumento para a mensagem, mas substituto dela. Era a música pela música. A música tinha uma função apenas de impressão.
A música deve ser serva do texto e não espetáculo em si mesma. Lutero dizia que a música deve ser sermão em sons.
Na igreja não espaço para execução da música como espetáculo; na igreja ela é serva da mensagem, veículo da mensagem.
III. PRINCÍPIOS SOBRE ADORAÇÃO
1. Somente os salvos podem verdadeiramente adorar a Deus
Adoração é a expressão do nosso amor por Deus, por quem ele é, pelo que ele disse, pelo que ele está fazendo.
Não podemos confundir cantar com adorar. É possível cantar sem adorar e é possível adorar sem cantar.
2. Não precisamos de um prédio para adorarmos a Deus
Deus não habita em templos feitos por mãos de homens (At 17:24). Jesus disse: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18:20).
3. A adoração tem muito muito mais a ver com a essência do que com estilo
Ao redor do mundo, pessoas diferentes adoram a Deus com estilos diferentes. Entretanto, toda adoração precisa ser em espírito e em verdade. Ou seja, precisa ser verdadeira e sincera.
Adoração não é tanto uma questão de estilo de música ou quantidade de instrumentos que usamos, mas uma atitude de coração disposta a glorificar a Deus. Não é show. O show visa a glória do homem, a adoração visa a glória de Deus (Ap 14:7).
4. A adoração é um poderoso testemunho para os não crentes
Uma coisa é a doutrina da onipresença de Deus, outra é a presença manifesta de Deus. O que produz impacto nas pessoas é a presença de Deus perceptível no culto da igreja. Essa presença manifesta derrete os corações e destrói barreiras mentais.
Existe conexão estreita entre adoração e evangelismo. A meta do evangelismo é produzir adoradores para Deus. Evangelismo é a missão de recrutar adoradores para Deus.
5. A adoração precisa produzir em nós um profundo senso de admiração
Isaías quando contemplou o Senhor do seu santo templo ficou extasiado com a glória e a majestade do Senhor. Precisamos resgatar segundo Tozer essa percepção da mejestade de Deus em nossos cultos.
Isaías ficou extasiado com a santidade de Deus, com a pecaminosidade da sua vida, com a grandeza da graça e com a urgência da obra.
IV. A DINÂMICA DA MÚSICA NA IGREJA
1. Acelere o passo e o dinamismo do culto
No culto não pode ter improvisação.
O som precisa estar testado. Tudo precisa estar no lugar antes das pessoas chegarem.
Não deixe “hora morta” no culto: o solista que vai cantar, já precisa estar no primeiro banco. Entre um passo e outro não pode existir intervalo.
O dirigente de cânticos não deve parar em cada cântico para fazer um comentário, isso quebra a dinâmica. Não pode existir uma liturgia dentro da liturgia.
Uma pesquisa feita nos Estados Unidos revelou que a maioria das pessoas que saem da igreja é porque acham o culto boring.
2. Fuja da previsibilidade
O culto é um evento único, singular, irrepetível. É um tríplice encontro: com Deus, com os irmãos e consigo.
O culto precisa ser estudado, elaborado. Precisa existir uma expectativa da intervenção de Deus em cada culto. Deve existir um entusiasmo persuasivo no começo de cada culto que diz: “Algo bom está para acontecer”.
3. Escolha as músicas certas para cada momento
As músicas precisam ser oportunas, pertinentes para cada momento do culto.
É preciso conhecer a letra antes de ensinar um cântico. Hoje temos uma explosão de música de consumo cujas letras são sofríveis.
4. Enriqueça o repertório buscando coisas novas e antigas
Temos um reservatório imenso. Algumas igrejas só cantam as músicas clássicas. Outras só cantam as músicas contemporâneas. Nem tudo o que é antigo é bom e nem tudo que é novo é bom. Precisamos escolher o melhor do antigo e do contemporâneo.
5. A música pré-gravada antes e depois do exercício devocional é rico recurso espiritual
Hoje vivemos com música no carro, em carro, no banco, nas lojas. A igreja deve utilizar melhor o tempo que tem para veicular a melhor música. A música prepara, aquece, desperta, consola.
6. A celebração do culto precisa ser festiva
O culto não é um funeral. O Salmo 100 nos ensina a servir o Senhor com alegria e apresentarmo-nos diante dele com cânticos. ................................................................................................................ .................................................................................................................
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