sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Meu Inimigo

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Reconhecendo
o exército inimigo
1Pedro 5: 6-11



Todos estamos envolvidos numa intensa batalha espiritual. Precisamos conhecer bem quem é nosso grande adversário
e quais as estratégias por ele utilizadas.
Neste estudo veremos como se organiza
e como age o exército inimigo de nossas almas, “para que Satanás não alcance vantagem sobre nós”, 2Co 2: 11.

I - QUEM É SATANÁS, Is 14: 12-15

a) A origem do nome. A palavra Satã é de origem hebraica e significa adversário; o termo “diabo”, porém, é de origem grega e significa acusador. Ambas revelam o terrível caráter do nosso grande inimigo. Esse ser é o líder dos demônios, Mc 3: 22.
Embora conhecido como dragão, antiga serpente, diabo e Satanás, Ap 20: 2, como sendo um ser do mal e das trevas, ele teve sua origem no reino da luz.
O nome do atual anjo rebelde era Lúcifer, que significa ‘portador da luz’, uma tradução do verbo usado em Is 14: 12 que quer dizer brilhante. Essa passagem tem paralelos no Novo Testamento, Lc 10: 18; Ap 9: 1; 12: 9, levando muitos estudiosos à aplicação desse título a Satanás. Ele é mencionado na Bíblia como o originador do pecado, Gn 3: 1, 4; Jo 8: 44; 2Co 11: 3.
b) A queda de um querubim. O profeta Ezequiel, em 28: 1-19, repreende severamente o orgulho do rei de Tiro, Itobaal II, mas, a certa altura da profecia, faz referências sobre-humanas, visando a outra pessoa que estaria por detrás do rei de Tiro: especificamente Satanás.
E é nesse texto que Deus, através de Ezequiel, revela ao homem, nos versos 12-19, a perfeição, sabedoria e beleza originais do querubim que se tornou no diabo, bem como declara seu julgamento.
O que induziu criatura tão bela e perfeita a tal apostasia? Conforme o profeta Isaías, cinco motivos levaram Lúcifer à queda:
  • Violenta oposição a Deus, 14: 13: ‘subirei ao céu’ - desejo de dominar a morada divina;
  • Auto-exaltação, 14: 13: ‘acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono’ - desejo de dominar todos os seres angelicais;
  • Sede de poder, 14: 13: ‘no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte’. (O Norte, na literatura dos tempos de Isaías, significava a morada dos deuses, mas não o céu dos céus, e sim o universo. Lúcifer desejou o domínio do universo.); 
  • Desejo de glória, 14: 14: ‘subirei acima das mais altas nuvens’. Lendo Êx 16: 10 e Is 19: 1, percebe-se que “nuvem” está intimamente ligada à glória de Deus. Lúcifer desejou a glória que só pertence ao Criador, Is 48: 11;
  • Mania de grandeza e subversão total, Is 14: 14: ‘serei semelhante ao Altíssimo’. 

II - O EXÉRCITO DE SATANÁS, Ap 12: 3-4.
a) Os demônios existem e Satanás é o seu líder. Satanás não está sozinho em seu domínio, nas trevas. Ele é o líder de um exército de renegados. Embora sejam criaturas de Deus, não foram criados como anjos maus.
O que aconteceu foi que eles não mantiveram a condição original que o Criador lhes concedeu, porém caíram do estado em que haviam sido criados, 2Pe 2: 4; Jd 6. Alguns demônios estão confinados, outros estão ativos no mundo, Mt 12: 43-45.
b) Os demônios e os ídolos. Paulo, em 1Co 10: 19-20, parece entender que as deidades adoradas por Israel, relatadas no Antigo Testamento, não eram verdadeiros deuses, mas, na realidade, demônios.
O apóstolo fala acerca dos ídolos como representantes dos demônios. Veja também Ap 9: 20. Esses demônios causam danos físicos, Mt 9: 33, e podem vir a possuir o corpo de homens e animais, Mt 4: 24; Mc 5: 13. É o que se chama de possessão demoníaca.
c) Os demônios se opõem a Deus. O Novo Testamento deixa claro que os demônios são seres espirituais que têm prazer em opor-se a Deus e combater Sua obra, tendo Belzebu como seu príncipe, Mc 3: 22. Eles buscam frustrar os propósitos de Deus, Ef 6: 11-12. O apóstolo Paulo ensina que eles desejam impor seu próprio sistema de doutrina, 1Tm 4: 1-5.

III - SATANÁS FOI DERROTADO

Todo cristão vive entre o já e o ainda não. Que quer dizer isso? Por um lado, já somos salvos pelo Senhor Jesus Cristo e já vencemos Satanás, mas ainda não estamos totalmente livres de seus ataques. Esse é o período mais perigoso de toda a batalha espiritual.
O cristão é o combatente que vive exatamente nesse período. A batalha decisiva foi travada e ganha no Calvário, Cl 2: 13-15. Mas daí até o final de toda a guerra ocorre o intervalo em que o cristão tem de mostrar sua firmeza e confiança na Palavra, Jo 16: 33, 1Co 3: 10-15. Mas, sempre temos de nos lembrar de que:
a) O inimigo está vencido. Ele opõe-se ao Evangelho, Mt 13: 19; cega e engana, Lc 22: 3, 2Co 4: 4; aflige, Jó 1: 12 e tenta o povo de Deus, 1Ts 3: 5. Mas Jesus já o venceu na cruz, 1Jo 3: 8.
b) O inimigo é limitado. Ele não é onipotente, onipresente e nem onisciente, atributos unicamente divinos, Is 40: 12-15; Sl 139: 1-16; Jr 23: 23,24.
c) Há vitória no sangue de Jesus, Ap 12: 11. Você deve, portanto, assumir sua posição de guerreiro e expulsar toda influência de Satanás de sua vida, Tg 4: 7-8; Mt 12: 25-29. A armadura de Deus mantém o crente  firme contra as ciladas do diabo e lhe dá condições de vencer essa batalha de fé, Ef 6: 10-20.

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