O RESPEITO E O CRISTÃO
Vós todos considerai o matrimônio com respeito…” Hebreus 13:4 – NVI
A palavra respeito advém do latim “REPECTUS”, que significa: “olhar outra vez ou novamente”. A idéia nos perpassa o sentido de que algo merece nosso segundo olhar, ou seja, uma melhor atenção. Portanto, respeito significa tratar algo ou alguém com deveras estima e profunda deferência.
O respeito é fundamental para o sucesso de todas as relações interpessoais e principalmente para os relacionamentos em âmbito familiar. Infelizmente, existem atualmente muitos lares e casamentos desestruturados devido a insensibilidades de indivíduos que só sabem olhar para seus próprios umbigos. Respeitar é olhar atenciosamente para o outro e lhe prestar devida assistência.
I. AS BENÇÃOS GERADA PELO RESPEITO MÚTUO ENTRE CÔNJUGES:
O RESPEITO GERA RESPEITO, MAS TAMBÉM GERA: CONFIANÇA, ADMIRAÇÃO, SINCERIDADE, TRANSPARÊNCIA, VALORIZAÇÃO E SOBRETUDO FORTALECE OS VOTOS E LAÇOS MATRIMONIAIS ATRAVÉS DO AMOR CULTIVÁVEL.
II. ÁREAS EM QUE PRECISAMOS EXERCER O RESPEITO:
A. RESPEITAR OS LIMITES DO CÔNJUGE:
“Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. Gálatas 5.14
“Como vocês querem que os outros lhes façam, faça também vocês a eles” Lucas 6.31
B. RESPEITAR AS DIFERENÇAS DO CÔNJUGE:
“Jesus respondeu: “Vocês não leram que, no princípio, o Criador ‘os fez homem e mulher’”. Mateus 19.4
C. RESPEITAR A VONTADE E OPINIÃO DO CÔNJUGE:
“Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios”. Romanos 12:10
“A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido. Da mesma forma, o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher”. 1
Coríntios 7:4
III. EXERCENDO O RESPEITO NO MATRIMÔNIO:
A. ATRAVÉS DAS PALAVRAS:
• AS PALAVRAS TÊM PODER:
“A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a bem utiliza comerá do seu fruto”. (Provérbios 18.21).
• AS PALAVRAS FEREM PROFUNDAMENTE:
“Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura”.
(Provérbios 12.18).
• DEVEMOS REFREIAR A LINGUA DO MAL:
“Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente.” (I Pedro 3.10).
• NUNCA PODEMOS PRONUNCIAR PORNOFONIAS, ANTES DEVEMOS ELOGIAR PARA A EDIFICAÇÃO:
“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem” (Efésios 4.29).
B. ATRAVÉS DAS ATITUDES:
• O MARIDO DEVE TRATAR A ESPOSA DIGNAMENTE:
“Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher
como parte mais frágil, tratai-a com dignidade…” (I Pe 3.7 ARA).
• A ESPOSA DEVE TRATAR O MARIDO RESPEITOSAMENTE:
“Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito. (Efésios 5:33 – NVI)
• AMBOS DEVEM SE SUJEITAR UM AO OUTRO NO TEMOR SENHOR:
“Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo”. (Efésios 5.21 – ARA)
• AMBOS DEVEM CORRESPONDER AS EXPECTATIVAS DO OUTRO:
“O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido”. (I Co 7.3).
C. ATRAVÉS DOS SENTIMENTOS:
• OS MARIDOS DEVEM AMAR SUAS ESPOSAS INCONDICIONALMENTE:
“Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, Efésios 5:25 – ACR).
• AS ESPOSAS DEVEM AMAR SEUS MARIDOS EXEMPLARMENTE:
“Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos”. Tito 2:4 – ACR).
IV. CONSEQUENCIAS CONCERNENTES A FALTA DO RESPEITO CONJUGAL:
• INTERRUPÇÕES DAS ORAÇÕES: I PE 3.7;
• REPROVAÇÃO MINISTERIAL: I TM 3.5;
• ROMPIMENTO DA COMUNHÃO DIVINA: MT 5.23,24;
• VULNERABILIDADE A TENTAÇÕES: I CO 7.5;
• DUREZA DE CORAÇÃO: MT 19.8;
• POSSÍVEL DIVORCIO: MT 19.8.
“O amor… não se porta inconvenientemente”. I Coríntios 13:5.
Nos dias atuais percebemos nitidamente que a humanidade tem perdido a capacidade de olhar com atenção e sensibilidade para o mundo ao seu redor, infelizmente as pessoas tende a enxergar somente o seu universo e pouco se importam com os demais. Precisamos começar a resgatar os valores do respeito, partindo dos nossos lares e convívios familiares. Conforme disse Rui Barboza: “A família é a célula mater da sociedade”, se assim for, eu complemento dizendo que o casamento é o núcleo dessa célula. Através de casamentos abençoados, teremos famílias e comunidades saradas.
Respeito
entre Irmãos (Romanos 14:1-23)
Acolher
os fracos (1-12)
Os
que se julgam fortes devem acolher os
fracos, mas não para discutir opiniões
(1). As questões que Paulo trata aqui
envolvem a consciência de irmãos que
ainda não reconhecem determinadas
liberdades em Cristo. Não são divergências
sobre doutrinas reveladas por Deus. Não
devemos usar este texto para justificar
a cumplicidade no pecado, mas devemos
ceder em questões de opinião para não
ferir a consciência de um irmão mais
fraco na fé.
A
primeira aplicação: comer carne (2-4).
Deus não proibia que o cristão comesse
carne (embora proíba comer carne
oferecida aos ídolos – Apocalipse
2:14), mas alguns tiveram dificuldade em
aceitar esta liberdade. A decisão de
comer carne ou não era uma questão
particular.
A
segunda aplicação: fazer distinção
entre dias (5-6). É bem possível que
alguns cristãos judeus ainda acharam
melhor descansarem no sábado, ou talvez
ainda comemoraram alguns dias de festas,
possivelmente como feriados nacionais.
Paulo ensinou os irmãos a tolerarem
tais diferenças de consciência.
Nas
instruções sobre tolerância, Paulo
diz que devemos: 1. Aceitar
o débil (fraco), mas não para discutir
opiniões (1). Devemos ensinar as
doutrinas bíblicas, mas não devemos
insistir em defender alguma liberdade não-essencial.
2. Em questões onde Deus não definiu uma
única maneira de agir, respeitar as
decisões dos outros (3). 3. Lembrar
que o nosso irmão é, primeiramente, um
servo de Deus e, como tal, será julgado
por Deus (4,10-12). 4.Respeitar
a nossa própria consciência e, acima
de tudo, a vontade de Deus, porque
pertencemos ao Senhor na vida e na morte
(5-9,12).
Devemos
evitar abusos desse trecho, tais como: 1.
Irmãos
teimosos recusarem estudar questões difíceis,
alegando serem fracos na fé. 2. Aplicar esses princípios (onde há
diversas opções lícitas) para tolerar
doutrinas ou práticas que vão além da
permissão de Deus. 3. Não
tolerar diferenças em questões de
liberdade pessoal. 4.Insistir
em fazer as coisas “do nosso jeito”
quando existem outras opções bíblicas. 5. Julgar
os outros com base nas nossas opiniões.
Consciência
e Fé (13-23)
Aqui,
Paulo leva os mesmos princípios
adiante, mostrando o perigo de agir de
uma maneira que prejudique um irmão. Não
devemos julgar os irmãos, nem devemos
fazer com que um deles tropece (13).
Mesmo em casos de coisas lícitas,
devemos evitar ferir a consciência do
irmão. Se insistir em usar todas as
nossas liberdades, o nosso bem pode ser
desprezado (14-16).
A
ênfase no reino de Deus não é a
liberdade de comer ou beber alguma
coisa, e sim a de participar da justiça
e alegria no Espírito Santo (17).
Quando servimos a Deus, agradamos ao
Senhor e aos homens (18). Desta maneira,
promovemos a paz e a edificação (19).
Se insistirmos em usar as nossas
liberdades, sem considerar a consciência
do irmão, estaríamos destruindo a
obra de Deus (20-21). É melhor abrir mão
de algum privilégio do que fazer um irmão
tropeçar.
É
importantíssimo mantermos a nossa
consciência limpa diante de Deus, nada
fazendo na dúvida (22-23).
RESPEITO, FUNDAMENTAL PARA TODO BOM RELACIONAMENTO
“Então
disse Eliseu: Vive o Senhor dos Exércitos, em cuja presença estou, que,
se eu não respeitasse a presença de Josafá, rei de Judá, não olharia
para ti nem te veria” (2 Rs 3.14).
O
bom relacionamento tem como ponto de partida o respeito, quando nos
relacionamos bem com os nossos semelhantes esse substantivo masculino
está em plena ação, pois apreço, consideração e afetos estão inseridos
neste argumento. Deus formou o homem para que ele vivesse em harmonia e
em amor com o próximo, mas infelizmente os valores que geram estão
desaparecendo da conjuntura social. O amor, respeito e consideração
mútua são fundamentais para a manutenção de uma amizade respeitosa.
Ponderaremos sobre os efeitos desses valores na sociedade e
principalmente no seio cristão. Tomamos como exemplo o texto expresso
acima para mostrar dois tipos de relacionamentos (2 Rs 3.14).
Atitudes que causam maus relacionamentos
A falta de amor, incompreensão, orgulho, discórdias e
alianças contraditórias, são como divisórias entre as pessoas que
desejam se relacionar bem. Eliseu reprovou a aliança entre Jorão e
Josafá (2 Rs 3. 10-14), pois o rei de Israel não levava em consideração
os profetas do Senhor, da mesma forma era o relacionamento entre Micaias (reprovou
a aliança), de Acabe e Josafá (I Rs 22.1-4, 7-9). Às vezes somos
odiados porque não aceitamos aquilo que é reprovado pelo Senhor, Micaias
foi barbaramente castigado por causa da verdade (1 Rs 22.27). Com
ideias colidentes são impossíveis de se manter relacionamentos
“perfeitos”. “Andarão dois juntos se não estiverem de acordo?” (Am 3.3).
Excepcionalmente
o ser humano está cada vez mais perdendo o sentimento religioso e
conseqüentemente o respeito ao próximo, de tal maneira que alcançou a
todos os seguimentos da sociedade, seja social, política e religiosa. As
pessoas pensam somente em si, a maledicência está arraigada no coração,
isso se agrava a cada dia que passa, pois o próprio Jesus testificou
dessa situação quando pregava sobre o fim dos tempos “Por se multiplicar a iniqüidade o amor de muitos esfriará” (Mt 24.).
No
terreno espiritual não pode haver comunhão entre duas pessoas a não ser
que ambas compartilhem as mesmas verdades espirituais (2 Co 6.14), da
mesma maneira não podemos ter qualquer relacionamento e comunhão com
Deus sem aceitarmos a sua palavra, Deus é luz, se temos comunhão com ele, podemos ter uns com os outros. (I Jo 1.5,7).
As
divergências sejam religiosas ou quaisquer outras sempre irão existir, o
que não deve acontecer é o fanatismo que leve o indivíduo a
desconsiderar os seus semelhantes, mas devemos respeitar as diferenças e
as escolhas feitas por cada um (Rm 14.12), entretanto amar uns aos
outros não significa compartilhar das mesmas atitudes que comprometam
muitas vezes a moralidade do indivíduo e da sociedade, não aceitar ou
concordar com algumas práticas não significa ser preconceituoso, mas é
expressar a sua própria concepção mediante os fatos (Rm 12.2; I Pe 1.14;
I Jo 2.15).
Atitudes que promovem bons relacionamentos
Amor
ao próximo, compreensão, compatibilidade nas ideias, humildade e perdão
são valores que agenciam bons relacionamentos, mas é fundamental saber
administrar as diferenças para se ter amizades afetuosas e duradouras,
embora exista pessoas que não saiba fazer amizades, muito menos
cultivar. O amor é fator primordial para perdoar, quem pouco ama, pouco
perdoa (Lc 7.47). A humildade faz compreender o quanto é importante a
amizade, ela faz com que as pessoas sintam que as outras sejam tão
importantes quanto elas (Fp 2.3).
O
respeito é fundamental para um bom relacionamento, quando não
respeitamos estamos simplesmente detratando o nosso semelhante, e
certamente as conseqüências surgirão. O respeito é questão de educação e
reconhecimento dos valores morais. É necessário entender o quanto o ser
humano é valioso para nós. A relação entre Elizeu e Jorão não eram nada
boa, pois Jorão não tinha nenhum respeito pelos homens de Deus, da
mesma forma acontecia de Acabe para com Micaias (2 Rs 3.14; I Rs 22.27).
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